domingo, 31 de janeiro de 2010

Não usar o autoclismo para xixis (dia 31)

Confesso que foi difícil entender o significado do título do post da Vanessa. Mesmo depois de o ler todo não adivinhei o significado da expressão utilizada: «Na sequência da regra "Se é amarelo, deixa-o amadurecer..."».  Só percebi depois de googlar a frase que afinal termina em "se for castanho, retrete abaixo": limitar o desperdício de água às grandes "obras", não aos pequenos serviços.
Estava com receio de um terrível cheirete me fazer desistir mas, após umas semanas de ensaios esporádicos, não denotei nenhuma diferença. Descobri também que posso deixar correr um pouquinho de água do autoclismo (de dupla descarga), mas só por "descarga" de consciência!
Fico a saber na Wiki que  "A urina é normalmente estéril quando é expelida e tem apenas uma vago odor. O cheiro desagradável da urina deteriorada deve-se à acção de bactérias que provocam a libertação de amoníaco". Por isso parece-me saudável deixarmos "amadurecê-la" e eventualmente sermos alertados que há desidratação ou infecção urinária
Serei eu que sou insensível aos cheiros ou é esta civilização asséptica que nos condiciona e faz torcer o nariz da maioria das pessoas aos cheiros mesmo naturais?
Assim vou passar a deixar patente os limites do meu território, qual bicho do mato. E para quem precise, aqui fica a receita natural para combater o mau cheiro:Por que alguns mictórios têm rodelas de limão e gelo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Reciclar as cápsulas das garrafas de plástico à parte (dia 30)

Ontem ao pesquisar para o post, leio esta coisa espantosa: "Porque as cápsulas não são recicláveis?

A maioria dos programas de reciclagem exigem que pessoas removam as tampas de garrafa de garrafas antes descartar, mas muitas pessoas não ouviram falar isso. Se os cápsulas estão tiradas, qualquer líquido que seja deixado nas garrafas irá secar, permitindo o transporte mais barato devido do peso reduzido. Além disso, garrafas abertas são mais fáceis de esmagar que garrafas fechadas cheias de ar ou líquido. Tampas de garrafa tendem demasiado a encravar algumas máquinas de reciclagem, e, portanto, aumentam o custo da reciclagem de plástico.
No entanto, a razão mais importante para que tampas de garrafa não estão recicláveis é que a garrafa e a cápsula normalmente são feitas de diferentes tipos de plástico. Plástico das garrafas típico é feitas do tipo polietileno, ou tipo 1, mas os cápsulas dessas garrafas são feitas de Polipropelene, tipo 5.
Porque as duas partes de plástico derretem diferentemente, têm de ser recicladas separadamente. Basta mesmo uma cápsula de garrafa misturada num lote de garrafas de plástico, o lote inteiro vai ficar arruinado e terá de ser deitado fora.
Os trabalhadores são pagos para vigiar as linhas de correias transportadoras e verificar o material reciclável. Isso requer que os trabalhadores solte as cápsulas e remova o lixo, que é também um enorme problema para instalações de reciclagem. Esta operação manual leva tempo e custa dinheiro, por isso é frequentemente mais barato deitar fora todo o lote que desacelerar o seu processamento para os trabalhadores lidarem com as cápsulas nas linhas de correias transportadoras.

O que fazer?
A solução é simples: ter um instante do seu tempo para soltar as tampas de garrafa antes de as reciclar. Ou você pode encontrar um lugar para reciclar suas tampas de garrafa separadamente mais tarde, ou você pode usá-las para fazer artesanato simples. A maioria dos programas de reciclagem têm um programa de tempos a tempos, que lhe permite reciclar seus cápsulas de reciclagem. No entanto, tudo depende de onde você vive e qual programa você ir. Conhecer suas informações, e selecção para obter detalhes sobre quando você pode reciclar tampas de garrafa no seu programa de reciclagem local!"

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Não consumir garrafas de água (dia 29)

Li ao fazer ao fazer a minha lista do dia 25 (Como poupar água) num site que “O plástico usado para fazer a garrafa de água média (1/2 - 1 lt) requer mais de 5,6 lt de água para produzir, por isso mesmo que você só esteja bebendo uma pequena garrafa de água, você desperdiça quase 10 vezes mais.”

Está visto, é desta que me despeço da água engarrafada. Já andava desconfiado das substâncias cancerígenas que a embalagem larga ao sol, agora esta !

Já bebo pouca, agora só em garrafas de vidro, há-as aos montes sem retorno, melhor que irem parar ao vidrão.

Entretanto o Fávio inventou este bonito porta-lápis duma metade de garrafa de plástico, viva a imaginação!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Aproveitar a água que sai do chuveiro enquanto não aquece (28º dia)

O meu primeiro ecodesafio foi tomar banhos à indiano (de balde). Mas enquanto encho o balde dei-me conta que corre fria demais para misturar à que depois vem quente (mas não muito), pelo que desperdiçava sempre uns litros.
Na lista que fiz das ideias para poupança de água chamou-me a atenção esta da ecocasa, simples mas bem fundamentada: "esta água pode depois ser utilizada para limpezas, rega ou em substituição da água do autoclismo". Esta é fácil e simples mas "Não há grandeza quando não há simplicidade" (Leon Tolstói).
E já agora, vejam só a nova forma de banho de balde! Dizem que faz os bebés, após a massagem, descansarem como se voltassem ao ventre materno.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Renunciei aos congelados (dia 27)

A Erika comentou o meu post "Desligar o congelador (8º dia)" com estas observações:
«tem razão nos argumentos e tudo, mas quem trabalha e não tem tempo de fazer compras todos os dias precisa do congelador! Se não morrermos dos efeitos nos alimentos congelados, morremos de canseira, de loucura de querer fazer tudo "certo", de vivermos obcecados com tudo o que está no que comemos...?»

Compreendo os motivos da Erika mas discordo, há sempre opções, mesmo quase "obrigado" a não comer congelados não foi fácil ter de recusar convites, não poder entrar em quase nenhum restaurante, não ter sempre comida à mão...Acredito que o stress é muito mau conselheiro (da "fast food" como do "fast driving") e reparem como ele não é nada ecológico, quem sabe que ele seja a raiz de alguns dos nossos problemas. Estou cada vez mais adepto da "slow life" ou, como repete um meu amigo artista, "tá-se bem" ou "sem stress". Posso-me dar a esse luxo? Talvez, ou talvez seja mais uma questão de atitude. E com calma, vermos não as opções mais fáceis mas aquelas que nos fazem mais felizes e ao planeta também: li que um alimento congelado gasta 10 vezes mais energia que um fresco, não sei se é verdade, mas se ainda por cima nos tira energia (saúde), então é definitivamente um  mau negócio para a humanidade.
De certeza que a maioria de nós não fomos criados à base de congelados, ainda talvez não os rejeitemos, mas os nossos filhos, já pensamos no que podemos lhes estar a fazer? " A ausência de evidência não é igual à evidência da ausência", pelo que nos deviamos guiar pelo princípio da precaução. Como no caso das controversas mudanças climáticas. Ou do Armagedon que estamos a preparar com a destruição dos nossos recursos e poluição galopante.
Há sempre opções, sobretudo se revirmos toda a nossa alimentação. Sair do quadrado duma alimentação convencional dá trabalho, mas encontram-se soluções simples e saudáveis para quem é capaz de renunciar a algumas ideias feitas, de que somos omnívoros por natureza, que precisamos de competir com os bezerros senão os ossos quebram, de que sem fruta ficamos sem vitaminas... O círculo vicioso do congelado - microondas - fast food alimenta-se dessas ideias, que os médicos ajudam a propagar porque isso lhes dá bastantes clientes. Quase metade da população com sobrepeso, 1/4 diabética ou pré-diabética, o cancro a expandir, isso não vos faz soar as campaínhas de alarme? Não temos outra opção senão a de entrar neste suicídio colectivo? Talvez tenhamos.


Como na história da vaca,  a falsa segurança que o estado e a ciência que o apoia nos dá com uma alimentação desvitalizada mas asséptica, mantém-nos na mediocridade de vidas sem saúde nem energia. Será que fui atingido pela "loucura de querer fazer tudo certo", ao estar "obcecado com o que como"? Não quero fazer aqui o "elogio da loucura" mas "Não é o medo da loucura que nos forçará a largar a bandeira da imaginação" (André Breton).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Como poupar água (Lista - dia 24)

Hoje sistematizei as diversas ideias recolhidas para poupar água.
Baseei-me na magnífica sistematização do site da ecocasa que divide as sugestões pelos locais (no interior ou exterior), à imagem da maioria dos simuladores a que já me referi. Coloquei a lista nos Google Docs de onde podem fazer download e eventualmente ir inscrevendo referências pessoais na 1ª coluna (denominada "Meu"), tendo acrescentado uma outra coluna para a referência aos desafios referidos pela Vanessa (e a partir do nrº 366, "inventados" por mim ou pela Ema) duma outra listagem que também podem ver/fazer download.
Vou completar algumas acções desta lista, agora é mais fácil (para mim) não ter de inventar à toa. Espero que gostem.

Utilizar um copo para lavar os dentes (dia 26)

Finalmente arranjei um copo, menos uma desculpa para procrastinar (adiar, empurrar com a barriga) uma medida essencial. A Ema explica tudo no seu blog.
Para quem tenha crianças, talvez ajude a tornar essa tarefa mais divertida:

Lavar os dentes

Um copo com água
Uma escova e pasta
Pra lavar os dentes
É o que me basta

Esfrego, esfrego, esfrego
Muito esfregadinho
Com os dentes lavados
Que rico cheirinho

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Trocar o café pelo chá (dia 25)

Há tempos li que para produzir 1 chávena de café gasta-se 2,2 vezes mais água que para 1 chávena de chá, não sei como chegaram lá, mas deve ter a ver com a rega do cafeeiro ser mais exigente. Sou amante de chá, e renunciei ao café na minha última peregrinação a Santiago (15 dias no caminho primitivo), o que estendi para os meses subsequentes, pois vi que estabilizei os nervos e o intestino com essa privação. Sempre fui amante de chá, sobretudo desde que comecei a tomar o Kombucha que mudou radicalmente a minha saúde, por isso não foi preciso nenhum esforço para me adaptar ao chá.
Aqui há dias vi uns frascos de mistura de café solúvel antigos e pensei em lhes dar uso senão podem estragar. Não há dúvida sabe bem um cafézinho depois da refeição mas, a que preço?
Não, o crime não compensa, sobretudo se juntarmos o facto de ser um produto industrializado, com embalagem poluente e não me fazer nada bem. Vou oferecer o resto a quem possa querer pois decidi, eu fico-me pelo chá.

Dar uma intenção mais forte, mobilizadora a estes desafios

Hoje comecei um novo blog, "ExisteUmMago", inspirado num livro de Deepak Chopra "Diário de um mago" donde transcrevo alguns trechos:
"Existe um mago em cada um de nós...
Um Mago não acredita ser um evento localizado que sonha com um mundo maior. Um Mago é um mundo que sonha com eventos localizados.
...
Existe dentro de você um manancial de vida onde você pode purificar-se e transformar-se. ...
O campo da consciência se organiza ao redor das nossas intenções. O conhecimento e a intenção são forças. O que você pretende muda o campo a seu favor. As intenções comprimidas em palavras envolvem o poder mágico....
O Mago é o mestre da alquimia. A alquimia é a transformação. É através da alquimia que você começa a busca da perfeição. Você é o mundo. Quando você se transforma, o mundo em que você vive também será transformado.....
Os Magos jamais condenam o desejo. Foi seguindo seus desejos que eles se tornaram Magos.
Todo desejo é criado por algum desejo passado. A cadeia do desejo nunca acaba. Ela é a própria vida.
Não considere nenhum desejo inútil ou errado : um dia cada um deles será realizado.
Os desejos são sementes que esperam o momento propício para germinar. A partir de uma única semente de desejo, florestas inteiras se desenvolvem.
Acalente cada desejo do seu coração, por mais trivial que ele possa parecer.
Um dia esses desejos triviais o conduzirão a Deus.
O maior bem que você pode fazer ao mundo é tornar-se um Mago
 
Vem isto a propósito da reflexão que hoje fiz do meu propósito, do fim destes ecodesafios. Que me estão a ajudar a encontrar um caminho, não há dúvida, até onde ele me leva, ainda não sei. Mas se calhar a graça é perdermo-nos de vez em quando, para nos inquirirmos para onde afinal queremos ir.
Cada um dos desejos diários conduzem-me à Perfeição, ao Amor (ou a Deus se assim O quisermos). É essa transformação ou alquimia que desejo em mim, nos meus comportamentos, e nessa busca "o conhecimento e a intenção são forças" muito poderosas, mágicas que espero transforme o mundo à minha volta.
Há mais de 24 horas que me debato com o problema: Que fazer? Este vaguear por listas dos desafios da Vanessa, da Ema, de alguns livros e sites, deixa-me a sensação de falta de rumo que enfraquece a intenção. Por isso reflecti seriamente no caso e julgo que era bom classificar as várias ideias e fazer um cardápio rotativo como alguns restaurantes (à 2ª feijoada, à 3ª...). Essas listas poderiam servir inclusive de ajuda a quem queira implementar algo numa direcção específica, ex: Poupar água, fazer menos lixo, poupar energia, reutilizar, etc. o ideal é que contivessem links para quem já escreveu sobre o assunto, e tags para mais fácil pesquisa.
E que essas listas pudessem ser ampliadas por todos, com novas ideias, links ou referências a fontes.
Porque o tempo urge.
“A indiferença é o sono da alma” diz Charles Favart. Como posso dar uma intenção mais forte, mobilizadora a estes desafios? É esse o meu desafio de hoje (em diante).

Porque "Existe um Mago dentro de todos nós. Esse Mago tudo vê e tudo sabe."

sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu não uso sacos de plástico (dia 23)

Era este o título dum concurso lançado pelo blog da Ana que lançou este repto: “Até 20 de Junho de 2009 envia uma foto com a vossa acção que ajuda a mudar o mundo (no que diz respeito ao ambiente) para o email…As três melhores fotos escolhidas por nós ganharão uma prenda simbólica (ver imagem), mas muito útil que são uns sacos de pano super práticos que se dobram e podem andar na carteira.” Achei uma óptima ideia. Melhor que a vista num jornal recente dizendo que o “Governo recua na criação de uma taxa sobre os sacos de plástico”, pensado em 5 cêntimos cada, “tendo em vista a redução do consumo destes produtos”. Isto de novas taxas ninguém gosta (na Inglaterra quase 50% aprova essa ideia), mas se existe um (forte) imposto sobre os produtos petrolíferos, uma taxa de ecovalor para pneus e outros poluentes, porque não para este? Mas será que precisamos da ripada dos impostos para acordarmos para o ambiente?



Eu resolvi que não seria congruente comigo mesmo se não decidisse por moto próprio uma coisa que acho fundamental: acabar com o facilitismo do plástico de graça, como se ele não tivesse custos (ambientais) elevadíssimos.

Leio com preocupação no magnífico post nas donas de Casa desesperadas  que “em todo o mundo por segundo mais de um milhão de sacos de plástico continuam a ser usados, e depois quantas vezes acumulados em casa até ao dia que se faz limpeza e se deitam fora, ou então usados para o lixo onde levarão mais de 30 anos para se deteriorarem!”. Por isso aplaudem movimentos como o que surgiu em 2007 “na UK chamado Morsbags, que entretanto já se espalhou por mais alguns paises, estando no entanto concentrado em Uk, Japão , Eua, Espanha e sul de África... Pela criação de pods, que são grupos de pessoas preocupadas com o futuro do meio ambiente, já praticantes da utilização de sacos reutilizáveis e que se dispõem a educar outros sem qualquer objectivo lucrativo, mas apenas como uma "desculpa" para se juntar pessoas com os mesmo objectivos , criar os sacos e sentir que se está a fazer alguma coisa pelo único planeta que nos aloja.


Quando um grupo tem um número de sacos que ache suficiente, marca-se uma data e um local (supermercado), onde os mesmos serão distribuídos gratuitamente, antes das pessoas entrarem para fazer as compras.”
Magnífico.Sobre este movimento encontrei no Youtube uma entrevista curiosa da BBC , bem como este outro movimento de reciclagem de restos de fábricas de confecção para fazer sacos de compras cuja venda reverte em prol de associações beneméritas.


 Será que nada podemos fazer aqui em Portugal? Talvez depois de irmos “Limpar Portugal” se ganhe coragem para todos apoiarmos acções colectivas do tipo: “Eu não uso sacos de plástico, e você?”.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Participar em iniciativas ambientais (dia 22)

O post da Ema de 20/1, "Inscrever-me numa associação ambiental" inspirou-me a rever a minha relação com as associações ambientais e cheguei à conclusão que não tenho muita vocação para participar em reuniões, debates, sessões de esclarecimento, manifestações, etc. Será comodismo meu? Vergonha? Ser adepto de menos barulho e mais pancada (acção)?
Não sei, por isso vou-me desafiar a participar em iniciativas ambientais positivas e de acção, como esta em que estou inscrito há uns tempos mas sem nada fazer até agora: Limpar Portugal, uma iniciativa ad-hoc de meia dúzia de malucos que acreditam possível fazer num dia uma limpeza de anos de incúria nessa matas, algumas com antênticas lixeiras a céu aberto.
Já me inscrevi na comunidade  pois preocupa-me que, a menos de 2 meses do dia L (20/3/2010) ainda só esteja uma lixeira do meu concelho no mapa nacional (precisamente à beira de minha casa). Já entrei em contacto com o responsável concelhio, estou a aguardar uma saída colectiva ou então vou fazê-la sozinho. Sinto-me bem nessas acções concretas. Por isso, vamos todos arregaçar as mangas!
Como provocação, aí vai um vídeo alusivo com os Deolinda.

Ache outros vídeos como este em LimparPortugal

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Comer alimentos biológicos, locais e da época sempre que possível (dia 21)

A Monia fez ontem um post "Biológico vs ecológico" onde chegou à conclusão que "comprar produtos biológicos não é nada ecológico...Porque os produtos bio vêm todos da Alemanha, França, Holanda, Espanha!". Contestei essa conclusão com largos argumentos, mas confessei logo que era uma questão polémica, para mim ainda em aberto. Como a Monia acabou por confessar, conhece pouco o mercado dos biológicos, o que parece ser o meu caso pois fiquei surpreendido com a pesquisa que entretanto fiz, a propósito de lhe propor a ideia dos cabazes de produtos biológicos.
Encontrei uma lista muito grande de firmas que distribuem produtos biológicos ao domicílio no site da Agrobio (a associação que rege o sector) e  centro vegetariano, onde contei 22 dessas firmas, 69 lojas (10 das quais também vendem cabazes) e 16 mercados de produtores biológicos, um pouco por todo o país (só 7 no Porto, 25 em Lisboa dum total de 98). Optei por passar essas referências e outras que apanhei numa folha de cálculo que disponibilizo para quem queira consultar, com os dados (nome, morada, telefones, email, site, horário, certificação), pois acho que a ignorância é a principal causa do nosso atraso neste domínio.

Existe uma outra listagem na Agrobio, a de 21 produtores, quase todos em aldeias da "província". Mas sei que há muitos mais produtores (ex: mapa de cerca de 30 projectos de permacultura ou a magnífica "Quinta dos 7 nomes" em Sintra), pessoas corajosas que precisam de ser incentivadas a prosseguir num caminho de sustentabilidade ambiental e de promoção de saúde que ultrapassa a mera contabilidade de custos. Pois quanto custa as doenças que os químicos nos provocam, o estrago que a agricultura provoca nas nossas terras, águas e ar. Veja-se os transgénicos que invadiram a nossa cadeia alimentar através dos animais que comemos e que, se trouxessem o carimbo "contém produtos transgénicos" (obrigatório nos outros alimentos), quase ninguém se atreveria a comer.
Dada a opção de há 3 dias de "Ser 100% vegetariano", é tempo de assumir o nível seguinte: o de só comer biológico, produtos locais e da época, que foi também a opção da Ema nos posts de 19/1 com respeito aos legumes, e de 8/11 para as frutas. Não faço essa distinção porque quase não como fruta (porque não me dou bem com ela mais que por ser macrobiótico) e porque acho que todos os alimentos devem obedecer a esse mesmo critério.
Mas não sou radical: acrescento sempre que possível porque há alimentos que não existem pura e simplesmente produtores ou clima em Portugal para eles, mas mesmos esses têm de ser excepção e não regra. Mas também é importante que evitemos a cultura forçada em estufas ou vinda de outros climas: por isso importa saber qual a época "normal" dos legumes, e francamente não sei em que calendário me fiar: no da Deco (43 legumes) ou no das verduras campestres (20), eles não se entendem, se calhar é melhor ir ao mercado (bio) e cheirar o que está a dar (em mais bancas), critério dum leigo total nas lides campestres.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

1 sorriso por dia não sabe o bem que lhe fazia (dia 20)

Hoje, não sei por comodismo se por que são realmente belas, não resisto a pedir emprestadas as palavras à Vanessa, que escreveu esta justificação soberba para querer tornar o mundo mais verde distribuindo sorrisos a estranhos:

«A maioria das mudanças Verdes que faço para este desafio são de natureza física …mas é tão importante fazer um mundo verde num sentido social…
Um amigo meu recentemente sugeriu ainda outra maneira na qual eu pode afectar a mudança: Sorrir.
Parece um pouco lamecha.. mas é uma ideia legítima: se eu mostrar o branco dos meus dentes a, pelo menos, uma pessoa diariamente — um estranho, uma lojista, não propriamente um amigo — não apenas envio um vibração quente e difusa mas subtilmente reafirmo o facto de que nós estamos todos neste juntos, todos compartilhamos o mesmo planeta.
Para citar o meu amigo: "uma pessoa que se sente viver numa acolhedora comunidade de pessoas calorosas, em vez de um lugar frio e isolado, vai mais provavelmente envolver-se na melhoria da sua Comunidade. Eles vai aprender a confiar nos seus vizinhos ..e, portanto, estar mais inclinado a compartilhar recursos. "
Assim… vou tentar tornar o mundo mais verde, um sorriso de cada vez.»

A tradução é minha e não está completa pelo que podem ler aqui o original.
Eu só acrescentava uma referência: O vídeo que mais gargalhadas me provocou não tem nenhuma piada associada, só um riso contagioso, o "Bodhisattva no metro": não percam de o (re)ver, sobretudo quando estejam em baixo.

Por isso, cada dia de hoje em diante, vou também tentar fazer alguém mais feliz nem que seja só com um (so)riso

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Não deixar os aparelhos em espera (19º dia)

Confesso que não estava à espera dum impacto tão grande, até porque quase sempre tenho o cuidado de desligar os aparelhos. Mas o consumo dessas maravilhas electrónicas que nos enchem as vidas de luzinhas que brilham no escuro (alem das célebres radiações electromagnéticas) é soberbo: 8% de fugas estimadas no reino unido, 5% nos States, há quem acredite que pode ser mais. Aqui vai uma tabela que assusta, dos watts que se gasta quando esses aparelhos era suposto estarem desligados:


A partir de 2010 a União Europeia impõe o limite de 1 W aos fabricantes, mas e os aparelhos que já dispômos? Façam como eu: vou ligar tudo a triplas com interruptor ou desligar da ficha, internet incluida. Senão incorremos neste consumismo claramente diabólico, como a imagem ilustra bem.
Escondam os comandos e, em vez de desligar no aparelho, baixem-se um pouco e vão à ficha tirar-lhe o pio (e a luz) que ainda ganham com isso.

Ser 100% vegetariano (18º desafio)

Do post de ontem não deixei de pensar seriamente nos meus gastos de água: serão mesmo assim como diz o simulador ? Fui googlar “Quanta água gasta”, para saber se outras fontes confirmam o disparate e encontrei mais 3 simuladores:
O da H2OConserve foi o melhor, (apesar de termos de converter as medidas americanas), dá muitos conselhos e afaga-nos o ego quando nos compara com os americanos: "Parabéns. Gasta  1750 Lt de água por dia. O consumo dum americano médio é de  4500 L/dia".Quer-se dizer, SÓ gasto 40% dum americano médio eu, vegetariano a 95%? Isto dá 638 m3/ano (ou 53 /mês), mais do dobro do outro simulador (240).
O site remete os estrangeiros para outro simulador, o da BBC, que me dá 70 lt por dia, mas só contabiliza os gastos directos e é muito simplista, não tem em conta hábitos alimentares nem rendimento/consumo.
Nós por cá temos o da EPAL (o mais conseguido, mas muito simples- só consumos directos), que me deu um consumo de 138 lt/dia (50 m3/ano), muito aquém dos outros.
Então em que ficamos? Decidi comparar os parâmetros de cada um dos simuladores  com outras fontes, e apercebi-me que, o mais fidedigno é o que adaptei no meu simulador, que só precisava duns retoques nalguns desvios e omissões. Foi o que fiz nesta nova versão que denominei MUDAR A PEGADA HIDRICA pois introduzi novas colunas para podermos comparar o alcance das mudanças que queremos implementar na nossa vida, como seja a de hoje, ser 100% vegetariano (até ao fim do ano), cujo efeito podem ver neste extracto:

Como se pode ver, a simples alteração dos restos de alimentação tradicional que tenho, baixam a minha pegada alimentar de 422 para 290 (ver sub-totais no subtítulo), ou seja, uma poupança de 132 m3/ano só nessas pequenas alterações.
Experimentem simular as alterações na vossa alimentação e verão certamente onde poderão fazer a diferença.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Poupar toda a água possível (17º dia)

Ontem ao navegar na net dei com um artigo interessante que tinha o link a uma calculadora da nossa
Pegada ecológica da água. O que será? Fui ver e então é assim: A PEGADA individual de água é igual à água necessária para sustentarmos o nosso nível de vida. Fiz as contas e assustei-me com o valor : preciso de 353 m3 /ano, quase 1 m3/dia!
Será verdade? Como o inquérito é em Inglês, achei por vem traduzi-lo e fazer uma folha de cálculo que permitisse ir fazendo opções inteligentes e quantificadas: Quantos m3 poupo com esta ou aquela opção, diminuindo ou aumentando um valor de consumos.

São 28 perguntas dos nossos hábitos alimentares, formas de utilização da água no interior e exterior das nossas casas e quanto consumimos em bens industriais (pelo valor desse consumo). Fiz a conversão da moeda e tirei 3 erros (o programa afinal aumentou 110 m3 o meu valor que, mesmo assim, ainda me preocupa (240 m3 equivale ao volume duma casa térrea com 100 m2 de área).  Sinto-me a matar à sede os desgraçados que só têm um cântaro de água diário ou nem isso para todas as suas necessidades.
Se não acreditam experimentem medir a vossa pegada.
Comecei já a projectar medidas para poupar água que, daqui em diante, vai ser uma preocupação constante. Pensei que não havia pegadas na água, afinal há, e são dos autênticos dinossauros que a consumem!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Usar mais os trocados (dia 16)

Realmente nunca tinha pensado nisso até ler o post da Vanessa e o artigo que ela recomenda: quanto mais circularem as moedas, menos são precisas, logo, menos minério (cobre, zinco,..), logo menos ganga desse minério a poluir (400 a 600 X mais que o minério extraído), logo ficamos todos a ganhar.

Mas o melhor era mesmo usarmos o porta moedas electrónico (que foi uma invenção portuguesa, ainda que não tenha sido bem sucedida) ou mesmo os cartões de débito. Mas isso traz outros problemas que ficam para outro dia.
Para já esta preocupação/compromisso: Não reter os trocos na carteira, até porque pesam, logo e como diria um alentejano, são uma canseira (para o ambiente também).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fazer backups ecológicos (e baratos - dia 15)

A Vanessa propõe utilizar uma USB para backup dos seus trabalhos no computador. Penso que é melhor solução que os CDs, mas não será uma USB de capacidade inferior a 1 DVD que protegerá TODOS os documentos, quando muito os mais sensíveis, de uso diário ou quase. Alem de custar dinheiro, será que podemos confiar num objecto tão perdível ou roubável para pormos os nossos segredos e trabalhos importantes?
Que tenho eu feito até agora: CDs e DVDs regraváveis periódicos para a pasta dos documentos e, ultimamente, a compra dum disco externo ao meu portátil de que me quero desfazer. Onde colocar os 13 GB dos documentos actuais em segurança, por um custo (ambiental e não só) mínimo?
Estive a estudar a questão sobre outro ângulo, a dos backups virtuais. Já usei vários armazenamentos em sites que, gratuitamente, deixam alojar as nossas coisas numa área reservada. Nenhum tem a versatilidade e actualidade do Google Docs (Gdocs), que tantas empresas utilizam para os seus backups, será que que poderia fazer o mesmo? Fui ver como funciona e achei que pelo preço anual duma Pen (5€) consegue-se 20 GB de armazenamento, eu nem preciso de tanto. E posso sempre usar o que já me dão de graça:

  • 1 GB de armazenamento apenas para fotos e vídeos (Picasa+Blogger). 
  • Mais de 7 GB (continua crescendo) para mensagens do Gmail. 
  • O Google Docs fornece 1 GB para todos os documentos, folhas de cálculo, apresentações e arquivos.
Isso daria 9 GB úteis totais mas há perdas porque "o armazenamento gratuito de um produto não pode ser utilizado por ou transferido para outro produto". Não chega, até porque o Gmail não pode contar para a informação que tenho no disco, ou será que pode? 

História das coisas (1ª parte - legendas port.)

História das coisas - 2ª parte

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Forçar um tempo silencioso , sem tv, rádio ou Música (14º dia)

A Vanessa introduziu-me esta ideia da importância do silêncio nas nossas vidas agitadas, mas não me tinha apercebido do seu alcance ambiental até ter desligado definitivamente a TV, esse grande consumidor de energia. Não foi fácil renunciar a ela mas mais difícil será passar pelo menos metade do dia sem música, a minha companhia das viagens no carro ou na internet, sendo num pano de fundo melódico a que me habituei.

Será isto natural estarmos sempre ligados à ficha, a sofrer esta poluição de ondas e sons? Não! A poluição electromagnética a que estamos sujeitos é uma coisa que bastante me preocupa.

Não vi ainda (nem comprei) nenhum cristal (sodalite) ou aparelho para combater essa poluição, mas enchi os meus aparelhos eléctricos com o símbolo de André Philipe ou SCAP, que não sei se funciona mas como nada custa (a quem o fizer como eu)...

Este fim-de-semana tive a prova deste meu vício: uma pessoa amiga que me visitou e que não gostava da minha música e de barulho, fez-me colocar os fones várias vezes para poder beber esses sons sem a incomodar, mas provocando um corte de abertura à comunicação como ela chegou a referir, envergonhando-me um pouco dessa dependência.

Por que me vai ser preciso um período de adaptação, fixo a meta em metade do dia no silêncio. Talvez agora arranje disponibilidade mental para a meditação, que também é ecológico na medida em que preserva a nossa paz, equilíbrio e saúde mental.

Questionário-jogo de ecologia

Será que estou consciente dos problemas ecológicos? Realmente?
Pus-me esta questão a propósito dum post "Analise os factos – Mude de atitude" que me chamou a atenção do Eco-questionário Jiffy da Comissão Europeia: Um pequeno jogo que me mostrou (será mesmo verdade?) que tirei negativa (85/200) por muito que a mensagem final me queira animar



Convido-vos a fazê-lo e a verem a vossa mestria. Eu por mim vou ter de estudar mais!


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Usar mais o lápis que a esferográfica (13º dia)



De vez em quando a cabeça funciona por si e inventa uma (já estava a ficar com complexos de excessivo seguidismo). Vem a propósito da colecção de esferográficas que tenho desde miúdo, algumas já gastas e inúteis (já não têm recargas), fonte de potencial lixo não reciclável (pelo menos as recargas com restos de tinta).

Por isso a resolução de hoje é bem simples: dar uso à outra colecção, não menos numerosa, de lápis e lapiseiras e não comprar mais nenhuma esferográfica este ano (pelo menos).

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Assinatura "verde" dos emails (12º dia)

Há vários dias que ando a estudar a forma prática de colocar uma sugestão “verde” na assinatura dos meus emails. Na sequência do compromisso de ontem, era tempo de deixar o perfeccionismo e arrancar com o melhor que consegui.

Procurei inspiração nos blogs da Ema e Vanessa mas achei a ideia de acrescentar uma sugestão ecológica se tornou tão banal, sempre com as mesmas mensagens, que as pessoas acabam por repetir-se, logo, ninguém liga.
Ainda tentei alguns programas que fazem a pesquisa de citações e descobri que o Gmail (sempre ele, por isso o adoro) permite a configuração duma citação que muda todos os dias juntamente com o texto fixo da nossa preferência

O problema é que a assinatura gerada (e a citação) ficam sem formatação, tornando-se enfadonhas e não chamam a atenção. E só consegui citações gerais em Inglês, quase nenhuma com teor ambientalista.
Lembrei-me de fazer algo de diferente: porque não pôr os amigos a acompanhar os meus desafios, colocando o título do mesmo depois da palavra “Ecodesafio:”, com um link para o meu blog? Consigo matar 3 coelhos duma vez (em sentido figurado, claro):
• Faço uma espécie de twitter dos passos que vou dando
• Permito que, com um simples click, as pessoas acedam à comunidade para ver esse ou outro post do meu blog (ou o resto do site), assim vou divulgando-o sem fazer força.
• Faço publicidade de pequenas mudanças “verdes” com uma mensagem de ativismo concreto.

Finalmente encontrei um pequeno extra do Firefox, o WiseStamp que permite isso tudo: Duas assinaturas (pessoal e comercial) que permitem formatação (ou a importação do Word) e hiperlinks, que se pode configurar para vir automaticamente nos emails novos ou respostas (e antes das mensagens anteriores) ou colocar manualmente numa opção (nova) do menu do contexto. Eu tenho uma assinatura por defeito (a pessoal) e, caso precise, apago e coloco a “comercial”.

Por exemplo, quando acabar este post mudo a minha assinatura (pessoal) que, até ao próximo post (em que só substituo o texto a verde), vai ficar assim:

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Passar parte de cada dia a estudar/comunicar questões ambientais (11º dia)

A Vanessa propôs-se “Pôr o verde no cérebro” por ocasião duma feira ecológica anual em Toronto , deu-se conta o quanto tinha a aprender sobre ecologia.


Eu cheguei à mesma conclusão tentando justificar neste blog todos os desafios que me propus fazer. O que é bom, mas vejo que insuficiente. A informação é uma arma de mudança, não tão grande como o exemplo (correcto) de práticas amigas do ambiente, mas se as duas coisas vierem juntas, podem fazer uma maior diferença.Por isso resolvi que, todos os dias vou estudar/escrever uma P)referência, e/ou comunicar de alguma forma (artigo técnico/ prático num site, falar de ecoDesafios,…) de forma ao meu compromisso com o ambiente ser a sério, não um simples flirt :)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Usar o Google Docs em vez de anexos em emails (10º dia)

Sempre me fez aversão as “correntes” de emails que grassam na internet, às vezes com ficheiros pesados e de duvidosa utilidade (por vezes infectados). Enchem as caixas de correio dos amigos, ocupam-lhes o disco com sucessivos downloads que, depois de visualizados, nos esquecemos de apagar da área temporária (mesmo que sejam lixo) e muitas vezes duplicamos noutros directórios ou quando não quebramos a corrente.

Mas, e os outros custos, o da lentidão que às vezes nos desespera, o dos servidores ocupados com milhentos anexos iguais, com as linhas telefónicas ou de rádio entupidas com ficheiros de utilidade duvidosa (no mínimo) e que representam custos adicionais para os consumidores que não tenham downloads ilimitados. O mesmo quando um ficheiro anda cá e lá entre várias pessoas que nele trabalham do que resulta um tráfego imenso sobretudo a nível empresarial e associações.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Apagar as “luzes” do meu computador (9º dia)

Resolvi hoje acabar de diminuir o consumo passivo de energia no meu portátil, agregando uma série de pequenos gestos que as minhas musas me sugeriram:
• Configurar a imagem de fundo para o preto, que usa menos energia (Vanessa)
incluído instalar também o meu black pixel (Ema), muito curioso!
• Reduzir o brilho do monitor do computador (Ema)
Ainda experimentei usar o Blackle, em vez do Google (Ema), mas vi que perdia algumas opções essenciais para mim. Uma rápida pesquisa fez-me descobrir que existem N emuladores do Blacle e que, afinal o próprio Google se converteu ao preto, pelo menos a configuração que uso, a portuguesa, pelo que optei por me manter no Google.
Existe também a versão da Eco4planet que promete mesmo plantar árvores (na Amazónia) pelo seu uso, tem um magnífico blog e muitas dicas, mas continua a tirar opções e facilidades de pesquisa, a rever.


Mas havia outra coisa que me preocupava e que justifica este post: Uso muito algumas aplicações que estão mais tempo a preencher o ecran que o wallpaper ou o Google, e que tentei converter à “onda verde” do negro:

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Desligar o congelador (8º dia)



A Ema resolveu desligar a arca congeladora por razões ecológicas conservando o congelador do frigorífico. Eu resolvi fazer como a Vanessa que por razões de poupança de energia e de saúde resolveu desligar o congelador do seu frigorífico. Ela chamou-me a atenção que o seu aparelho (como vim a descobrir, o meu também) tem dois reguladores autónomos. Descobri ainda que desligando o do congelador, este mantém a sua temperatura igual ao do resto do frigorífico, o que dá jeito para ter as sobras (sempre em tuperwares de vidro) e frascos pesados.

Porque não me lembrei disso antes, pois se eu NUNCA uso nada congelado, nem sequer gelo (é preciso dizer que tinha guardado nele uns congelados da dona da casa , cedida, onde vivo)? E digo-o há mais de 20 anos, quando me foi detectado uma doença de crohn (os meus irmãos também a têm) que, dizem alguns estudos, só passou a existir em países subdesenvolvidos após e na medida da introdução dos frigoríficos. Não sei se é verdade, mas não deve ser coincidência que fui operado ao intestino após uma paragem de digestão provocada por uma refeição de bolinhos de bacalhau congelados. E que sempre que, mesmo sem o saber, tomo algo que foi congelado, para-me a digestão. Ok, dirão vocês, isso é um problema muito específico duma doença rara, que tenho a ver com isso?

Não quero pregar no deserto, nem falar de outras pessoas que conheço e que viram as suas vidas afectadas por causa dos congelados. Estudei o processo de (des)congelamento e os seus efeitos nos alimentos de fontes insuspeitas, das quais indico algumas que, não sendo contra (algumas antes pelo contrário), dizem com alguma honestidade como se dão os efeitos nocivos em termos de paladar, textura e contaminação dos congelados, sobretudo se não forem respeitadas as temperaturas e o processo, o que QUASE NUNCA acontece:
Wikipedia (só em Espanhol)
• VivaSaúde: Alimentos congelados são saudáveis?
Como congelar alimentos

Não nos enganemos. Os congelados junto com os enlatados e pré-cozidos são o núcleo da junk (ou fast) food, cumprem bem a função dessa dieta moderna, que consiste numa alimentação altamente calórica, porém rápida. Junk significa lixo, andaremos nós a evitar fazer lixo comendo-o? Será que os efeitos desse afastamento da natureza, de milhares de séculos em que o homem se acostumou a um padrão alimentar do qual nos afastamos nos últimos anos não está a trazer uma factura de doenças que nem sonhamos a causa? Qual é a causa da maioria das doenças da civilização (como o Crohn, o sindroma de fadiga cronica, as diabetes e outras) perguntei eu a dezenas de médicos: desconhecida é quase sempre a resposta.

Já não falo do sabor perdido, da textura do bacalhau que mesmo seco foi já congelado em alto mar na maioria dos casos, dos fumados industriais que, quase todos, são feitos de carnes previamente congeladas e que tantos problemas gastro-intestinais provocam.

“Congelado como eu nunca cheiras a ferro” dizia um peixe tipo Nemo numa publicidade que nos anos 60 surgiu na TV no início da era dos congelados. Nunca percebi o cheiro a ferro no peixe fresco mas a textura escangalhada, o sabor pastoso e o mau gosto de alguns peixes congelados que comi ao longo de mais de 30 anos, isso lembro.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

As casas são como as pessoas, também têm frio (7º dia)

Mais uma vez sigo as pisadas das minhas musas Ema e Vanessa e decido poupar o gás do aquecimento e o corpo do frio que entra pelas portas e janelas de madeira.

Não vou correr as cortinas que a casa é de portadas (dá no mesmo), mas confesso que me foi preciso uns dias para me habituar à ideia, que me pareceu óptima, de pensar a casa como um ser vivo, que precisa de ser agasalhado e protegido do frio e humidade (aqui na praia o Inverno é um caso sério às vezes).

Pergunto-me porque é custa tanto implantar (ou mudar) um hábito mesmo simples, neste caso o de fechar as portadas das janelas de manhã e à noite? E não é isso que estes ecodesafios são no fundo, mudanças ou implantações de hábitos? O hábito faz o monge, mas como é que o monge faz o hábito? Tema para outro post, deixo-vos um provérbio Português (desta enorme lista) a propósito disto tudo: O hábito aquece, mas é preciso vesti-lo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Spam na minha vida, só obrigado! (6º dia)

Há dias vi um post muito bem escrito que sugeria que os leitores não perdessem tempo a escrever mails ao autor, porque ele tinha uma vida para alem do ler emails. E dá mesmo uma série de conselhos para não ficarmos submersos horas a tentar responder e até a ler toda a informação que todos os dias nos invade. Resolvi que, dentro do espírito da simplificação da tralha que me atravanca o espaço e tempo, estava na hora de eliminar a maioria do Junk mail da minha vida.
O último desafio fez-me reflectir da necessidade de ter 5 endereços de email, não poderia centralizar tudo numa? E esvaziar do lixo electrónico (spam) que fui acumulando com esta facilidade de ter contas de email gratuitas gigantescas?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Publicidade na minha vida, só obrigado! (5º dia)

Tudo começou pelo post da Ema me ter inspirado a afixar o dístico anti-publicidade na caixa do correio, que imprimi (asneira!) mas que se pode pedir para o endereço do Instituto do Consumidor

O que descobri ao pesquisar o dito portal do consumidor foi uma opção “Lista nacional de não recepção de comunicações publicitárias” que diz:
“Com a inscrição nesta base de dados demonstra a sua opção em não receber comunicações publicitárias.
Esta base de dados deverá ser consultada pelas empresas que efectuam este tipo de comunicações, ficando, assim impedidas de remeter comunicações publicitárias a quem nela se inscreva.
O incumprimento destas regras constitui contra-ordenação.”

Maravilha! Pode-se assim matar à nascença muita publicidade de correio, emails e até telefone. Basta colocar o nosso nome, BI (para quê?) e email bem como um telefone e/ou email para ser filtrado.
Devo ter feito algo de errado porque só funcionou para 1 telefone, apesar da mensagem: “Insira uma linha para cada n.º de telemóvel e para cada um dos endereços electrónicos.” . Mas depois de receber o mail com o login e a password consegui colocar na lista negra os meus 3 telefones e 4 endereços de email.
Deixo-vos com esta sugestão de guerrilha urbana:

Para quem não sabe francês: “Os correios enchem-vos a caixa de correio de prospectos? Encham de prospectos as marcos do correio.”

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Evitando o detergente para a louça (4º dia)



Confesso que fiquei divido entre a Ema e a Vanessa, que propõe 2 métodos diferentes de lavar louça, se calhar com ambições diferentes.
A Ema propõe 3 fases de lavagem em bacia (pré-lavagem, ensaboar e passar por água), a Vanessa é mais radical e simplesmente deixar de usar detergente, a menos que haja gorduras. Uma rápida leitura dos 20 comentários ao seu post mostrou-me que 5 eram a favor e outros 10 eram contra, 2 sempre que há carne, 1(que dirá o médico?), 3 preferem máq.lavar só no 1º ciclo, 2 preferem borrifar com detergente dissolvido,2 por causa das doenças/ germes. Há muitas sensibilidades e hábitos culturais envolvidos, que talvez pesem mais que controversos estudos comparativos entre lavar à mão e à máquina cuja eficiência depende de muitos factores.



Para mim que não tenho máquina e sou macrobiótico, a questão da gordura, da carne e dos lácteos é de somenos importância e, não havendo cadáveres envolvidos, a dos germes ainda menos (se não se deixar a louça suja em repouso muito tempo). Por isso faz todo o sentido evitar o detergente. Confesso que estava céptico mas estive a ensaiar esta semana e acho que ninguém notará a louça mais suja.

Como faço? Como estou sozinho e não gosto de acumular louça, passo-a logo pela água com escova. Nem preciso de bacia, lavo um tacho/recipiente grande primeiro e encho-o de água morna limpa. 
Com essa água vou lavando os seguintes (sacudindo previamente os restos para o compostor ou ralo) até a água ficar suja. Utilizo essa água para amolecer outros recipientes mais sujos e renovo com água limpa, reiniciando o processo. Caso haja alguma (rara) peça com sujidade mais gordurosa utilizo uma magnífica peça, um esfregão na ponta dum cabo oco que carrego com detergente Ecover (diluído) no interior que, à medida que esfrega deixa um pouquinho (qb) de detergente na peça que depois passo por água limpa (chama-se Ballerina da marca Villeda, com esfregões de recarregar, muito bons- passe a publicidade, é nova e não encontrei na net a imagem, mas é semelhante à escova da imagem, mas com um esfregão na ponta).
No caso dos tachos passo normalmente o esfregão palha de aço (grosso e enrolado) até ficar brilhante, sem detergente a maioria das vezes. E resulta! Lembro-me nos acampamentos dos escuteiros recorrermos à areia também para evitar esfregões, mas os que uso têm anos de vida (não são como os “Bravo” que acabem ganhando ferrugem além dos químicos que contém). Fiquei admirado porque nunca poupei tanta água nem detergente, nem consegui a simplicidade e rapidez deste método que me repugna muito menos do que lidar com águas encardidas em bacias que vão acumulando porcarias entre lavagens.

Há outro factor que não vi referido mas disseram-me noutro dia que a Ecover foi comprada por uma Multinacional que adulterou o produto que já não é 100% natural. Não sei se é verdade mas, em princípio, “tudo que mata bicho mata a gente”, não é verdade? Por via de dúvidas, é melhor não comermos o resto do detergente que deixamos na louça lavada (com ele), por isso se calhar é mesmo evitá-lo de todo, não? Penso que é preferível usar um pouco de água morna do que químicos, sejam eles mais ou menos naturais, não acham?

Isto é a minha experiência de lobo solitário. Se isso pode ajudar quem tenha uma grande família a sujar louça, mas mesmo quando era o meu caso, tive uma máquina de lavar de louça que acabei por dar porque:
- A pré-lavagem manual é quase uma lavagem em tempo e água;
- Gasta muita água, detergente e energia pois aplica o mesmo processo das peças mais encardidas a todas elas;
- Para rentabilizá-la tem de se encher com muita louça, o que nem sempre acontece e então, ou se deixa a louça por lavar ou se faz meias máquinas, ainda menos eficientes.
Alem de que o lixo duma máquina em fim de vida não é nada ecológico.

Porquê complicar? Simplifiquemos a nossa alimentação evitando cadáveres e gorduras (fritos sobretudo) e podemos quase lavar os pratos como os nossos avós com uma côdea de pão (que comiam), ou no mínimo, só com água.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Deixar os sapatinhos à porta à “Sayonara” (3º dia)



A Vanessa colocou um post muito simples que me alertou para a importância do hábito Japonês (e segundo ela de muitos Canadianos e de outros países segundo este post) de deixar os sapatos à porta. Em que isso é verde, perguntarão? E perguntam bem, e ela responde ainda melhor: “passeando menos com os sapatos dentro de casa há menos lixo no chão, isso significa menos aspirador ou, adivinhem, menos electricidade.”

Eu acrescentaria ainda que, alem de melhor aspecto, arrumação e limpeza, dá um ar mais intimista e passa a imagem de que se está a lutar por alternativas de vida, alem de poupar detergentes, tempo e sapatos (mais caros que as pantufas).
Nem de propósito encontrei uma sapateira vazia que encaixa no armário embutido de entrada, que vai ser o cofre dos dito cujos, evitando a cena comum dos sapatos ao tempo ou a pastar num corredor.

Podia ter feito uma grande alteração, com grande impacto, mas acho importante estes passinhos de bebé no caminho da simplicidade, como dizem estas pérolas de sabedoria:
"As coisas mais simples são muitas vezes as mais verdadeiras." - Richard Bach
"Grandes actos são compostos de obras de pequeno porte." - Lao Tzu
"A vida é realmente simples, mas insistimos em fazê-la complicada". - Confúcio
‘Não importa quão lentamente você caminha, contanto que não pare.’ [Confúcio]

sábado, 2 de janeiro de 2010

Vender os móveis que me estorvam (2º Dia)

A Ema ao contrário da Vanessa costuma listar os seus desafios no início de cada mês, o que talvez a impeça de publicar atempadamente todos os posts. Mas tem um papel motivador que não deve ser desprezível, não tanto ao “Deus dará” da preguiça que todos temos. Pensei noutro sistema que me parece aliar espontaneidade com determinação: anunciar no princípio do mês o grande tema do mês o que, não impedindo acções avulsas noutros sentidos (como a de ontem), canalize o grosso dos esforços numa direcção concertada.
Para este mês lembrei-me dum post muito interessante do excelente blog Zen-Habits sobre um livro “Unclutter your life in one week” (que podem ver as primeiras 15 pgs aqui).
A autora (Erin Doland) confessa ter levado mais tempo no seu caso pessoal (6 meses) que tambem acho exagerado, portanto escolhi uma solução intermédia, a dum grande objectivo mensal.


Na prática o que fiz para concretizar este desafio foi começar por tentar me livrar dos meus móveis maiores, a maioria do IKEA onde encontrei uma descrição detalhada com fotos, medidas, pesos e preços em novo.
Com essas descrições escolhi dois sites gratuitos onde já tive boas experiências anteriores, o OLX e LEILÕES,
e coloquei 8 itens à venda no valor de mais de 300€. Mesmo assim é um processo que leva umas horas pelo que ainda não acabei.
Sinto um grande alívio por me livrar desse peso. Até porque o dinheiro dá sempre jeito (ainda não consegui livrar-me dessa ideia).



sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Banho à marinheiro ou à indiano? (1º dia)



Fiquei admirado quando li no blog da Vanessa que o banho à marinheiro pode reduzir a água em 95 por cento, pois "dez minutos do chuveiro gasta 230 L de água, enquanto um chuveiro na marinha geralmente gasta menos de 11 L, uma pessoa pode poupar 56.000 L por ano"
O que é isso? Googlei a expressão e apareceu-me um post das Ecoprático que ensina:
"A técnica consiste em você molhar todo o seu corpo assim que abrir o chuveiro. Logo em seguida desligue-o, ensaboe-se e ligue o chuveiro novamente, ficando embaixo d’água somente para retirar o sabão do corpo. O tempo total do banho não deve passar dos 3 minutos. Mas se você treinar bastante e se tornar um mestre do banho à marinheiro, dois minutos podem ser mais do que o suficiente para você tomar um banho completo!!
Agora, se ainda assim você achar um tempo para fazer xixi durante o banho, então, parabéns!!! "

Confesso que me pareceu pouco. Há meses estive num Ashram nos Alpes e apesar de várias comodidades, não havia chuveiro e aprendi a tomar banho à indiano: enchia um balde (7-8 L) com água morna e com um um balde pequeno (tipo de praia), deixava cair a água por cima do corpo.
Nunca foi preciso mais dum balde,
e acabei por verificar que, se usarmos o chuveiro é fácil "esquecermo-nos" de o desligar logo, sobretudo agora com o frio que está. Por isso enchi um balde de 10 lt. e acabei por vencer o meu primeiro desafio com este recurso que acho tão importante. É que, não sei como, estou a consumir 3 m3 de água por mês! O meu objectivo é reduzir a 1 m3 por mês, não tanto pelo valor como pelo significado!