sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Resolver o problema do dinheiro - Uma nova economia

Fiquei deveras impressionado com a ideia deste belissimo documentário: analisar a mãe de todas as crises que é o nosso sistema monetário e repensar as alternativas: o dinheiro local. Para quem domina o Inglês, aqui vai o documentário, vale bastante a pena.


Como diz no filme, todas as actividades têm excesso de capacidade não aproveitada. E pergunta-se porque não aproveitar para trocar com vizinhos com um problema semelhante para obter outros bens ou serviços? Por exemplo, um dentista pode arranjar os dentes noseu tempo livre a um barbeiro que por sua vez pode coratar o cabelo ao dentista. Uma espécie de banco do tempo em serviços mútuos, como se faz(ia) nas comunidades rurais: Vou trabalhar um dia na tua lavoura, outra dia virás tu trabalhar na minha.

Estendendo a ideia a bens, todos temos bens que não usamos (muito), que não nos fazem falta. Livros que já lemos, para que nos servem? Roupa que já não nos serve (mas está ainda boa), a cama do bebé que agora já é um homem,  mas teimamos em guardar porque talvez um dia alguém da família precise. E vamos acumulando tralha, trabalho e ocupando o nosso espaço com tralha que só nos pesa.

Por isso resolvi desfazer-me/dar/vender/trocar a minha tralha e desafiar os meus amigos a fazerem o mesmo. Comecei por me desfazer do meu escritório onde vou colocar à venda/troca mais a maioria dos meus tarecos (livros, roupas, discos, móveis e utensílios) , a preço simbólicos, alguns serão mesmo dados. Até ao fim do mês vou estar com o espaço aberto ao público em geral e amigos em particular.
SE TENS ALGO AINDA ÚTIL PARA RECICLAR (TROCAR/VENDER) ÉS BEM VINDO.

Não vou comprar nada, entenda-se, mas permitir que as pessoas exponham e eventualmente troquem por algo de valorigual (ou superior pagando a diferença), sem comissões nem intuitos especulativos.

A propósito dei com estas frases no meio da magnífica colecção do Facebook "Miscelânea" (mais de 1000 fotos+citações):

"A vida exige leveza, assim como a viagem.
A estrada fica mais bonita quando podemos
olhá-la sem o peso de malas nas mãos."
 [ Pe. Fábio de Melo]
Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto!” ~ Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Recicla o Teu Guarda-Roupa


O Spacio Shopping (Olivais, Lisboa) vai promover, de 9 de Maio a 10 de Junho, a campanha “Recicla o Teu Guarda-Roupa”, uma iniciativa que vai permitir a reciclagem da roupa que as pessoas já não usam, em troca de vales de compra (válidos até 30 de Junho). As peças de vestuário, embora usadas, têm de estar em bom estado. O objectivo é apoiar algumas instituições de solidariedade social. (ver mais em www.spacioshopping.pt)

Porque não estender iniciativas como esta aqui ao Soajo? Ainda há pessoas muito carentes por essas aldeias, e cada vez aparecem mais novos pobres na camada dos "remediados", a passar mal com o desemprego aqui, em Espanha e outros países que tradicionalmente absorviam os nossos "excedentes" humanos.

Vamos lá, toca a limpar esses guarda-vestidos dessas roupas que nunca vestem, que só estorvam. Usem a regra dos 80-20 para eliminarem parte dos 80% de roupa que usam só 20% do tempo, mas que ainda está em bom estado. Estamos em conversações com o centro Social e Paroquial d Soajo que apoia idosos e crianças (ATL) para distribuir pelos mais carenciados de todas as idades.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O meu sonho de uma escola ecológica

Junta-te a John Hardy numa visita guiada à escola ecológica, a sua inovadora escola em Bali que ensina criancas como construir, plantar, criar (e entrar na Universidade). O ponto central da escola é o Coração da Escola em forma de uma espiral, talvez um dos maiores prédios do mundo feito de bambo sem suporte.


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Profecia dos índios americanos

Para quem viu o belíssimo vídeo no post de 30 de Abril de 2010 Somos todos UM [legendas port-br] talvez interesse ver os filmes donde foi feito esse extracto, com uma interpretação índia do desastre ecológico actual, dada por 3 dos seus “mais-velhos”.
Seguem-se os links dos 5 primeiros vídeos, o sexto não tem nenhum interesse. Pena estarem em Inglês (com legendas noutra língua):

1º vídeo:

2º Vídeo:

3º Vídeo:

4º Vídeo:

5º Vídeo:

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PREMIO NOBEL 2010, DE ECOLOGIA..... ES PARA UN MEXICANO

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Pocos lo saben, pero existe un premio tipo "Nobel" de Ecología.  Este año lo ha ganado Jesús León Santos, de 42 años, un campesino indígena mexicano que ha estado realizando, en los últimos 25 años, un excepcional trabajo de reforestación en su región de Oaxaca, México.
El nombre de la recompensa es "Premio Ambiental Goldman"
(www.goldmanprize.org/theprize/about_espanol).
Fue creado en 1990 por dos generosos filántropos y activistas cívicos estadounidenses Richard N. Goldman y su esposa Rhoda H. Goldman. Consta de una dotación de 150.000 USD ($2,154,000 M.N.) y se entrega cada año, en el mes de abril, en la ciudad de San Francisco, California (Estados Unidos).
Hasta ahora ha sido otorgado a defensores del medioambiente de 72 países. En 1991, lo ganó la africana Wangari Maathai, quien luego obtuvo el Premio Nobel de la Paz en 2004.

 

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A Jesús León Santos se lo han dado porque, cuando tenía 18 años, decidió cambiar el paisaje donde vivía en la Mixteca alta, la "tierra del sol".
Aquello parecía un panorama lunar: campos yermos y polvorientos, desprovistos de arboleda, sin agua y sin frutos. Había que recorrer grandes distancias en busca de agua y de leña. Casi todos los jóvenes emigraban para nunca regresar, huyendo de semejantes páramos y de esa vida tan dura.

Con otros comuneros del lugar, Jesús León se fijó el objetivo de reverdecer los campos. Y decidió recurrir a unas técnicas agrícolas precolombinas que le enseñaron unos indígenas guatemaltecos para convertir tierras áridas en zonas de cultivo y arboladas.
 
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¿Cómo llevar el proyecto a cabo? Haciendo revivir una herramienta indígena también olvidada: El tequio, el trabajo comunitario no remunerado. Reunió a unas 400 familias de 12 municipios, creó el Centro de Desarrollo Integral
Campesino de la Mixteca (Cedicam), y juntos, con recursos económicos limitadísimos, se lanzaron en la gran batalla contra la principal culpable del deterioro: la erosión.

En esa región Mixteca existen más de 50.000 hectáreas que han perdido unos cinco metros de altura de suelo desde el siglo XVI. La cría intensiva de cabras, el sobre pastoreo y la industria de producción de cal que estableció La Colonia deterioraron la zona. El uso del arado de hierro y la tala Intensiva de árboles para la construcción de los imponentes templos Dominicos contribuyeron definitivamente a la desertificación.
Jesús León y sus amigos impulsaron un programa de reforestación. A pico y pala cavaron zanjas-trincheras para retener el agua de las escasas lluvias,
Sembraron árboles en pequeños viveros, trajeron abono y plantaron barreras vivas para impedir la huida de la tierra fértil.

Todo eso favoreció la recarga del acuífero. Luego, en un esfuerzo titánico, plantaron alrededor de cuatro millones de árboles de especies nativas, Aclimatadas al calor y sobrias en la absorción de agua.

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Después se fijaron la meta de conseguir, para las comunidades indígenas y campesinas, la soberanía alimentaria.

Desarrollaron un sistema de agricultura sostenible y orgánica, sin uso de pesticidas, gracias al rescate y conservación de las semillas nativas del maíz, cereal originario de esta región.
Sembrando sobre todo una variedad muy propia de la zona, el cajete, que es de las más resistentes a la sequía.

Se planta entre febrero y marzo, que es allí la época más seca del año, con muy poca humedad en el suelo, pero cuando llegan las lluvias crece rápidamente.
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Al cabo de un cuarto de siglo, el milagro se ha producido.
Hoy la Mixteca alta esta restaurada. Ha vuelto a reverdecer. Han surgido manantiales con más agua. Hay árboles y alimentos. Y la gente ya no emigra.

Actualmente, Jesús León y sus amigos luchan contra los transgénicos, y siembran unos 200.000 árboles anuales..


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Cada día hacen retroceder la línea de la desertificación.
Con la madera de los árboles se ha podido rescatar una actividad artesanal que estaba desapareciendo: la elaboración, en talleres familiares, de yugos de madera y utensilios de uso corriente.

Además, se han enterrado en lugares estratégicos cisternas de ferrocemento, de más de 10.000 litros de capacidad, que también recogen el agua de lluvia para el riego de invernaderos familiares orgánicos.

El ejemplo de Jesús León es ahora imitado por varias comunidades vecinas, que también han creado viveros comunitarios y organizan temporalmente plantaciones masivas.

En un mundo donde las noticias, con frecuencia, son negativas y deprimentes, esta historia ejemplar ha pasado desapercibida.

¡ Circula esta noticia PARA QUE TODOS  SE ENTEREN !!!!

LOS  NOTICIEROS NO INFORMAN TODO LO QUE DEBEN


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Como morreram os dinossauros?

Infelizmente ficaram presos nos buracos é por isso que os seus esqueletos são encontrados todos enterrados.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sacos de Plástico com tampa reciclada - Uma ideia útil !!

Ideia para reciclagem - tampa do frasco plástico
Esta é uma óptima ideia para compartilhar. Bom para nós e para o meio ambiente também.
Incisão direita do corte no pescoço.


Enfie o saco de plástico através do gargalo da garrafa que você acabou de cortar.

Melhor do que os molas ou fechos (clipes) de plástico que você tem que comprar.




sexta-feira, 30 de abril de 2010

Somos todos UM [legendas port-br]



SEM LEGENDAS. MAGNÍFICO! *****

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Aderi ao OpenOffice (dia 49)

Hoje cansei de apanhar erros ortográficos no Word. Não sei porquê, até tenho vergonha de o admitir, mas não consigo pôr o dicionário de Português a funcionar, dá sempre a mensagem:
Li que é um problema comum a vários utilizadores. Será que querem que pague pelo dicionário? Cansei!
Resolvi aderir ao software aberto e verifiquei que o OpenOffice tem um conjunto de programas maior, mais simples e leve e com total compatibilidade com o Microsoft Office. E com um dicionário, Thesaurus e menus em Português de Portugal.
  
-- CLICAR PARA FAZER O DOWNLOAD DA VERSÃO PORTUGUESA

Que é que tem isso de verde? O Software aberto é o grande (e único) concorrente sério da Microsoft, ela representa um quase monopólio em sistemas operativos e ferramentas para escritório, e os monopólios não são muito saudáveis, levam ao abuso de posição dominante, arrogância e coarção da liberdade das pessoas.
Por isso voto no software livre como fez o governo brasileiro (ao contrário do Português que se vendeu à Microsoft) e com isso poupou uma pipa de massa (nós cá somos ricos).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Julia Hill, a mulher que ficou dois anos em cima de uma árvore para evitar o seu corte

"Todos os problemas que o nosso mundo encara – desde devastamento e aquecimento global, extinção das espécies e poluição, proliferação nuclear e guerra, pobreza e racismo, e assim por diante -  são sintomas de uma doença muito mais profunda: a doença da consciência desconetada. Eu chamo esta doença de “Síndrome da Separação“. Quando uma planta é arrancada das suas raízes pelas quais é conectada, ela começa a morrer. Comparando com o ser humano, o processo é semelhante: se tirarmos de nós, as raízes que nos conectam com nossa consciência, a saúde, vitalidade e beleza de nossas vidas, comunidades e o mundo em geral, também começam a desmoronar." - Júlia Hill


Julia Butterfly Hill despertou atenção internacional para a situação de alarme em que se encontram as florestas que escaparam da depravação. Ela morou mais de dois anos nos troncos de uma Sequoia (Redwood) – considerada a árvore mais alta do planeta – de onde se recusou a descer. A sua história de protesto contra a destruição do meio ambiente e a desvastação das  Sequoias terminou depois de 738 dias, com um acordo que incluía a permanente protecção para a árvore conhecida como LUNA e 3 acres em redor da mesma.

Julia tornou-se numa ativista, escritora e poetisa. Ela é autora do Best Seller "O legado de Luna" (que este ano dará um filme) e de "Uma pessoa faz a diferença", ambos publicados em 100% de papel reciclado com tinta de soja e sem o processamento de cloro, num alto padrão de sustentabilidade ecológica. .

Julia fundou a organizaçao Circle of Life (Círculo da Vida) (www.circleoflife.org)  - para promover a preservaçao da vida. Ela também está envolvida no Nós o Planeta (We the Planet) (www.wetheplanet.org) , um projeto relacionado ao Círculo da Vida. A sua coragem, convicção e clareza de mensagem de esperança, incentivo, amor e respeito por todo tipo de vida, tem inspirado pessoas no mundo inteiro. Como neste testemunho, cuja tradução segue abaixo:

Uma das coisas que digo às pessoas é que somos tão bons em definirmos no que estamos contra que o que nós somos contra acaba por nos definir. Nós temos o movimento "anti-guerra" e quando eu os ouço, as vozes das pessoas e o tom das suas vozes, parece que estão em guerra. As pessoas ficam apanhadas, zangadas. No activismo florestal há alturas em que temos de decidir quais as acções mais apropriadas e logo as pessoas começam a discordar e a começarem a lutar uns contra os outros e ouço as suas vozes alteradas, que eu me pergunto: "Como podemos parar as cortes de árvores das florestas se entre nós nos cortamos uns aos outros." E foi uns dos momentos de inspiração que me fez raciocinar que ok, devemos apontar o que está errado, mas é mais importante defender o que achamos correcto. Porque defendo o que achamos correcto fazemos com que o mundo se desloque nessa direcção, nós manifestamos aquilo que nos focamos. Então se nos focarmos no que está errado, não devemos ficar surpreendidos em ter mais do mesmo. Isso não significa fechar os olhos e pretender que coisas como a devastação do planeta não está a acontecer, que a injustiça contra as pessoas não está a acontecer. Mas mais do que abrir os nossos olhos ao que está mal, defendermos e co-criarmos o que achamos correcto, de forma que a energia vá para aquilo que está correcto.

Bem, quando eu estava na árvore, tentei ser amiga das pessoas dos empregados e responsáveis da empresa  (Pacific Lumber Comunity), fiz o meu melhor para nunca criar a sua animosidade, para nunca criar um inimigo, porque se criarmos um inimigo vamos ter um, mas se eu escolher não criar um inimigo, mesmo se alguém me vir como um inimigo, isso não quer dizer que eu tenho de jogar o seu jogo chamado de guerra. Mas se o continuar a ver como um ser humano, continuar a apelar para a sua humanidade, mesmo que ele tente acorrentar-me a símbolos, um rótulo como amante de árvores, extremista, radical, esquisita, etc, a uma caixa em que nos querem meter. E refusando ser metida na caixa, pedir a essas pessoas que por favor sejam humanas, que encontrem o que é melhor para todos, em vez do que somos diferentes.

Um ano depois de ter descida do árvore Luna, houve alguém que atacou com montes de raiva e medo que atacou Luna e tentou serrá-la, por aquilo que ela representava. Mas o que é extraordinário é que a equipa que veio tentar curar Luna, incluiu empregados da companhia Pacific Lumber que vieram, depois da hora, para colocar o metal que sustenta os curativos da árvore. E uma das coisas que eles me disseram foi "Júlia, nós não concordamos com o que fizestes, mas honramos o que fizestes porque o fizestes duma maneira honrosa, e a pessoas que fez isto fê-lo duma maneira desonesta, por isso é importante ajudarmos porque a maneira como nos tratastes, mesmo se nós não concordávamos contigo politicamente, mesmo que não concordassemos com o que tu defendes, a maneira como tu te aproximastes de nós, temos de honrar isso."
Isso foi muito profundo e ainda me toca desde esse dia, que Luna ainda se mantem de pé, linda e pujante, porque um conjunto de pessoas, engenheiros de estruturas, biólogos, curadores de árvores, nativos americanos,  e empregados do "Pacific Lumbar", todos juntos para criar a comunidade de cura de Luna que permite que ela ainda esteja ali de pé pujante.

Reciclar bem os vidros (dia 48)

Consequência de "ser amigo do vidro (dia 46)" parece-me lógico preocupar-me com reciclá-lo bem.
Recorro ao "meu ecoponto" que preconiza simplesmente:
Depositar:
Garrafas (bebidas, azeite)
Garrafões
Frascos
Boiões sem tampa

Não depositar:
Loiças e cerâmicas (pratos, copos, chávenas, jarras, cristais.)
Materiais de construção civil
Janelas, vidraças, espelhos, etc.
Frascos de Perfume.
Lâmpadas.

Suscitam-me algumas questões, algumas das quais só o portal do Brasil me esclarece:
"O vidro é 100% e infinitamente reciclável. Isto quer dizer que todos os recipientes de vidro, mesmo os quebrados, podem ser transformados em novos produtos."
Faça o teste: no vidrão posso reciclar ...?

  • Copos de vidro
  • Embalagens
  • Para-brisas
  • Cacos de vidro
  • Óculos
  • Louça de vidro (pyrex)
  • Vidros temperados/grossos (ex: óculo de forno ou máquina de lavar)
  • Cinescópios de TV/monitores
Se disse que sim nos 4 primeiros e não nos restantes acertou 100%.

Confesso que falhei nos para-brisas. E nos cacos ponho reticências, pois se forem de algum material "proibido" não devem ir.
Porque razão estes cuidados? O portal explica:
"Os vidros técnicos são compostos por matérias-primas diferentes e não são facilmente reciclados, daí tome cuidado para não misturar com os outros tipos de vidro."
E diz ainda para ter cuidado "Quando enviamos os vidros para reciclagem, estes devem estar limpos, ou seja, sem outros materiais como metais, plásticos, palhas e etc, pois eles provocam prejuízos ao processo industrial".

Resumindo, as embalagens de vidro, limpas e sem acessórios, são o essencial do vidrão. Os restantes vidros ou se entregam aos comerciantes (ex: lâmpadas) ou se coleccionam à parte para entrega especial, conforme indica este guia prático de resíduos domésticos especiais que aconselho vivamente em caso de dúvida, editado pela LIPOR que, na área do grande Porto (1 milhão de habitantes), trata os resíduos equivalentes a 1000 carros por dia e possui 21 ecocentros onde recebem materiais especiais específicos.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Prefiro produtos portugueses (dia 47)

Confesso que sempre achei a xenofobia uma coisa de outros tempos, fronteiras são convenções, vivemos numa aldeia global. Mas a globalização cresceu à custa do petróleo e energia barata, começamos a ver onde isso nos leva. Estive a ler o manifesto do "Movimento 560" (número indicativo de Portugal no código de barras) e confesso que não comungo da maioria das razões, nomeadamente que o desemprego nacional deriva básicamente de preferirmos artigos estrangeiros mais baratos em vez dos nacionais (mais caros). Sempre me questionei como podem os portugueses, com um salário médio na ordem de 60% do Espanhol, não serem concorrenciais em preços (e até qualidade) em produtos em que somos/éramos exportadores e passamos a deles importarmos. Eu sei que há muita aldrabice (o azeite é um exemplo), mas há um abismo de eficiência e produtividade na maioria dos casos que explica esta disparidade, veja-se a quantidade de empresários Espanhóis que vêm para cá "ensinar-nos" o ofício. E não é protegendo a incompetência/ineficiência de alguns sectores que conseguimos melhorar, a complacência da maioria dos nossos empresários que os faz estagnar tem de levar estes abanões para se actualizarem e organizarem.
Mas não posso esquecer o papel preverso do Estado na distorção da concorrência, nomeadamente com os subsídios (fortes na Espanha), a tributação dos combustíveis que os faz mais baratos nos nuestros hermanos, nos incentivos fortes que dão às suas exportações mercê de desempregos monstros que tiveram de combater. E que a maioria dos produtos estrangeiros tem um custo escondido de combustíveis no seu transporte que eu não posso desconhecer. Alem de que temos os nossos desempregados que são as principais vítimas dum consumismo feroz que não tem olhado para o lado humano desta cadeia, nesse sentido sinto-me mais solidário que com com os desempregados estrangeiros, e nisso comungo com este movimento.

Resumindo: não subscrevo exactamente as razões, mas adiro a este movimento de "apoiar a produção nacional" preferindo as marcas e produtos portugueses. Como saber quais são? "Quase todos os produtos portugueses começam por 560 no código de barras" mas existem "códigos proprietários com um formato diferente (não têm 13 dígitos)", em que se tem de ler na embalagem (made in Portugal) alem de ser indicado na maioria das tabuletas dos frescos o país da proveniência.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ser "amigo do vidro" (dia 46)

A Ana do blog "Re-Bag" aderiu a uma campanha internacional que achei muito gira. Chama-se "Friends of Glass", e é uma associação que promove o uso do vidro como a embalagem mais ecológica e capaz de melhor manter a qualidade do produto embalado. Fizeram um concurso o ano passado (a Ana ficou em 2ª), este ano desafiam a assinarem uma petição online onde se escolhe um tipo de produto que venha numa embalagem de vidro e e se compromete a consumi-lo o resto do ano ou, quem sabe, para sempre.
A maioria vai para o vinho (caso da Ana, que também promete abandonar os refrigerantes), mas há quem opte pelos molhos, cremes, bebidas saudáveis, azeite, água, cerveja, mel, leite, iogurte, colas até sopas.
Eu sempre adorei o vidro, uso-o para guardar a maioria das minhas mercearias e da comida que sobra, mas compro a maioria ainda em plástico/celofane. Tenho uns amigos que fundaram a "Cooperativa Terra" para distribuir alimentos biológicos na área do Porto em embalagens de vidro porque pugnam pela "transformação da ideia de embalagem, substituindo o plástico, alumínio e papel por frascos de vidro".
Estive a pensar e não há muito que eu não faça já a opção do vidro, sobretudo a partir da resolução de "renunciar aos tetra-Packs". Mas há molhos, frutos secos, sumos e outros produtos que ainda tenho opção e por uma questão de princípio irei pelo vidro quando possível.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Fazer menos compras (dia 45)

Depois de "Reciclar tudo o que for possível, sem desculpas! (dia 43)" parece-me lógico prevenir antes de remediar, sobretudo não produzir lixo que não/mal se consegue reciclar. A Lipor tem um site "Não faço lixo" com alguns mandamentos muito bons. Hoje vou-me centrar no 1º, que parece fácil mas não o é, pelo menos para mim:
1-    Reduza o consumo comprando apenas os produtos necessários (ex: faça uma lista de compras e vá às compras depois das refeições. Controle o seu orçamento)

Chegam até a dar um folheto que se pode imprimir, com os 10 mandamentos e ainda práticas listas de compras para sermos menos tentados pelas promoções, publicidade e tentações que todo o marketing produz. Outra ideia é limitar-me a um orçamento para cada ida às compras, levando dinheiro e evitando usar os cartões (os comerciantes agradecem, pois não têm de pagar a taxa respectiva).
Vai ser difícil mas vou tentar dar o meu grito de "Não ao consumismo", pois acho que a melhor forma de diminuir a pegada é deixar de acumular tralha.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Fósforos ou isqueiro ? (dia 44)

A Ema e a Vanessa resolveram-se a usar fósforos em vez de isqueiro. Hoje que o gás do isqueiro do fogão (o único que uso) acabou, tenho de ponderar qual é a melhor solução. Contrariamente ao que eu pensava, o fósforo é uma invenção recente, como descreve este excelente artigo:
"Somente em 1855 o sueco Johan Edvard Lundstrom usou um tipo de fósforo vermelho descoberto pouco tempo antes e menos perigoso que o anterior. O pesquisador tornou o apetrecho mais seguro ao instalar o fósforo em uma faixa na lateral da caixinha e na cabeça do palito fixou uma substância oxidante (que fornece o oxigênio)...
Curiosidade: o isqueiro surgiu antes do fósforo, gerando atrito através de um pedaço de pedra, de ferro e um material seco que queimaria, hoje este último foi substituído pelo gás."
Lembro-me das minhas tentativas escuteiras de fazer fogo sem nem uma coisa nem outra, mas não estou acampado, alem de não ser nada prático ou ecológico manter algo a arder para não ter de reiniciar o processo.
Se calhar estudar mais opções: o fogão a gás não precisa de combustível (já tem o gás), basta só uma faísca que aquilo acende, que é o que tenho feito com o isqueiro vazio que ainda tenho. Mas a "pedra" ou lá o que faz faísca está gasta e não consigo enchê-lo de gás (confesso que tenho uma antiga, tenho de aproveitá-la!), por isso vejo duas opções que são males menores pois tudo tem inconvenientes ambientais: comprar um isqueiro recarregável ou um piezoeléctrico (com cristais que geram uma faisca elétrica por resposta a pressão no gatilho), que vem pré-equipado em vários fogões e é a base dos vulgares isqueiros a gás, só que sem este, por isso tem um gatilho mais potente para produzir uma faísca maior.
Na minha pesquisa, achei piada esta explicação do ciclo do fósforo: "o fósforo nasce - quando é produzido nas indústrias. Vive - quando é transportado até os mercados e locais de venda e MORRE - quando é queimado. Por isso tem aquela piada dos fósforos que disseram para a caixa de fósforos, cada vez que tu te abres um de nós perde a cabeça. Mas ele fez por merecer, quem manda ser incendiário!"
Acho que opto pelo piezo, porque entre abater árvores para eu queimar diariamente ou comprar um bocado de metal e plástico que pode durar anos, não gasta combustível, não queima dedos, não larga fósforo (um veneno) ou chamas descontroladas, a solução parece-me óbvia. Mas não sou fundamentalista e reconheço que o fósforo será preferível ao isqueiro normal de usar e jogar fora (os famosos bic) e embora seja uma canseira, são até mais românticos.
Nisto como em tudo temos de encontrar o compromisso que sintamos mais equilibrado, pois "É DIFÍCIL SER PERFEITO". Foi o que aconteceu ao Tom Hanks no filme "O Náufrago" , em que se veu à nora para fazer lume. Finalmente foi revelado o que continha a encomenda Fedex que ele nunca chegou a abrir:

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Reciclar tudo o que for possível, sem desculpas! (dia 43)

Ao princípio destes desafios pensei que tinha pouco a aprender nesta matéria, por isso não liguei muito ao post da Vanessa "Nenhuma lata será deixada para trás". Mas a preguiça "natural" em separar lixo leva à tentação, sobretudo fora de casa, em pôr tudo no caixote comum, que irá sobrecarregar aterros sem nenhuma reciclagem.
Depois do post de ontem, mal ficaria se eu andasse numa cruzada contra as lixeiras clandestinas nesses caminhos e matas nacionais, contribuindo com a minha preguiça para encher mais lixeiras de lixo comum. Até porque 99% do lixo produzido é reciclável e as lixeiras nacionais, que desde 2000 funcionam com alguns cuidados extra, continuam a ser uma agressão ambiental, é como varrer para debaixo do tapete, só que não se vê tanto (como as antigas lixeiras encerradas nesse ano mas que continuam a poluir), mas mesmo assim são responsáveis por mais de 5% do nosso CO2.
Andei à procura de ideias práticas e económicas de fazer essa separação toda em casa, pois os meus 3 caixotes, um com duas divisões, ocupam a minham minúscula cozinha. Enquanto não importarmos esta prática invenção brasileira da foto, que utiliza sacos de compras normais e os mantém fechados até ser carregado um pedal (ver filme no site), terei de remediar com alguns sacos e caixas extra, para seguir estas simples ideias de
«Como colocar a reciclagem em prática

Normalmente em todos os locais só existe um cesto de lixo. Pois bem, separe vários sacos plásticos e vá colocando cada tipo de lixo em um deles. É fácil...basta você "guardar" os saquinhos de embalagens que você ganha nos supermercados! Depois fixe um "sarrafo" de uns dois metros na parede do quintal ou da área de serviços e pendure os saquinhos com um prego, e vá substituindo-os conforme eles encherem. Se quiser, poderá escrever "caprichadinho" no sarrafo, um para o destino de cada saquinho. Para empresas é só orientar os funcionários e colocar tambores grandes com os respectivos nomes.

  1. Papéis revistas, jornais e seus  derivados. 
  2. Vidros, lâmpadas, garrafas etc  
  3. Brinquedos, garrafas  plásticas etc
  4. Artigos de borracha.  Caso tenha pneus velhos  para jogar, tome cuidados para deixá-los sempre secos,  você já deve ter ouvido  falar no Dengue. Fure-os ou  corte em pedaços. Ou também voçê poderá levá-los em lojas de vendas  de pneus.
  5. Entulhos, madeiras, cimentos e resto de sujeiras das faxinas etc.
  6. Metais diversos, latas,  arames, pregos, alumínios etc
  7. Objectos  perigosos como: Baterias em geral,  pilhas e lâmpadas fluorescentes. Nunca jogue no lixo,  pois  estes produtos são altamente  contaminadores e perigosos
  8. Orgânicos como: restos de comida,  ossos etc
  9. Papéis usados, ( higiênico por exemplo  ),  guardanapos, fotografias, fita crepe,  tocos de cigarros,  esponjas de aço usadas, panos  sujos dentre outros.
ÓLEO DE  FRITURAS    Nunca jogue o óleo de fritura  na pia ou ralo, guarde-os em garrafas de refrigerantes, eles são  Biodiesel, ou seja, combustíveis de veículos e também podem virar  sabão, além de proteger a natureza estará guardando uma pequena  fortuna em sua casa. 

CINZA DE  CIGARRO  Nunca jogue fora a cinza do cigarro,  pegue latas de leite ou chocolate vazia e vá colocando as pontas dos  cigarros e guardando as latas cheias em casa até que a ciência  encontre uma aplicação para este resíduo altamente tóxico, colabore  com o meio ambiente, já que não consegue parar de fumar faça este  pequeno gesto de carinho.»

Fica a ideia. Eu vou fazer a minha parte, e voltar à carga com cada tipo de lixo, pois parece siimples, mas já vi que há muitas dúvidas na separação.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Catando lixo quando o vejo (dia 42)

Ontem saí para fotografar as lixeiras, conforme o meu compromisso anterior (dia 38). Aproveitar a habitual ronda pelo quarteirão depois do almoço para ir um pouco mais longe, pelo magnífica mata contígua à minha casa. Fiquei com a ideia que, pelo menos aqui, não vai haver muito que limpar, a menos que a amostra não seja representativa: só percorri um quadrado de 500 m por 500 m, e só encontrei 3 montes de lixo que cabiam num carro de mão e que fotografei com o telemóvel e referenciei de cabeça.
Mas este post nasceu de eu me ter sentido frustado por , nalgum lixo disperso, não estar preparado com um saco para recolhê-lo, pois era às vezes tão pouco que metia pena deixá-lo. Acabei por apanhar uma garrafa de cerveja e um saco de plásticos que depositei nos respectivos vidrões.
Só? Sentia-me como um velho que uma história relata estar na praia a salvar tartarugas ajudando-as a regressar à água e a quem alguém perguntou porque estava a fazer isso, não via que eram tantas as tartarugas nessa aflição que era um trabalho inglório, nunca faria a diferença. O velho respondeu com humildade, que para aquela tartaruga que acabava de salvar, fazia, e isso era o bastante para ele continuar.
Para a próxima e por princípio vou andar prevenido para não me sentir tão frustado e ir-me redimindo do lixo que espalho apanhando o lixo que outros espalham.

Em St Peters, em Leicester, no Reino Unido, um país obcecado pelas câmaras de vigilância, alguns cidadãos decidiram usar as mesmas tácticas para apanhar prevaricadores que espalham o lixo por onde não devem. Criaram mesmo um canal no Youtube para expôr públicamente os prevaricadores como o do filme acima (há mais de 300!), onde aparece este interessante comentário dum dos autores:
"Desde que a imprensa e a campanha mediática começou(1 de Julho de 2009), as ruas têm estado notavelmente limpas  e os delinquentes poluidores começaram a enviar mensagens email, com vista a pagar suas multas e terem os vídeos  removidos.
Um facto que iremos também divulgar para, por sua vez, dissuadir outros.
A Assembleia de Leicester está a obter aconselhamento jurídico, depois de nós os questionarmos sobre isso no dia 15 de Junho numa reunião da Comunidade.
Dissemos-lhes esta manhã que se têm que mover melhor e mais rápido quando os meios digitais estão envolvidos."

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Usar só água fria para lavar as mãos, rosto e dentes (dia 41)

Confesso que é raro ter as extremidades frias e que, apesar de ser Inverno, não estamos no Canadá como a Vanessa, que lançou este desafio. Mas levou um tempo a tentar-me habituar e, mesmo assim, ainda não consigo levar a louça só com água fria, pelo que ainda não assumo esse compromisso (substituo-o pela lavagem dos dentes), talvez quando arranjar um substituto para a água quente que me evita muito detergente, quase não uso.
Deixo-vos com a novidade hi-tech em torneiras inteligentes, segundo o blogue "Leitura Privada" (a arte de ler no trono): Smartfaucet (é o nome da torneira)- existe uma câmara nela que identifica o usuário e ajusta a temperatura da água de acordo com a preferência já programada dele. Pros usuários ainda não “cadastrados”, não se preocupem. A água muda de cor: quando está fria, azul, quando quente, vermelha. E você não se queima, nem se congela!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Utilizar de preferência os queimadores pequenos do meu fogão (dia 40)

A Vanessa chamou a este desafio "Uma mudança elementar" já que não parece difécil nem de maior importância. Mas como bem chamou a atenção, no blogue "GreenIsSexy" afirma que chega a haver 40% de desperdício de calor quando a boca excede a frigideira (ou tacho, digo eu). Embora se refiram ambos a fogões a electricidade, acho que mais gravosos em termos ambientais que os a gás natural, o raciocínio funciona até mais para o gás, pois que a chama expande-se lateralmente pelos recipientes relativamente pequenos, por vezes queimando as asas dos próprios recipientes.
E, como diz a Deco, só as placas de indução não perdem calor pelo fundo do tacho ser inferior ao tamanho do disco (mas são caras e exigem tachos especiais), por isso resolvi seguir este conselho "elementar", pois não só há um testo (ou tampa, à lisboeta) para cada panela, mas também um bico de tamanho aconselhado.

Já agora, saibam porque é que "verde é sexy", no dizer das 3 autoras (na foto ao lado) deste excelente blogue:
"Porque ser informado é sexy. Ser responsável é sexy. Ser eco-amigável é sexy. Fazer a diferença é sexy."
Deixo-vos o mesmo convite que elas fazem: "fazer parte desta comunidade sexy, ajudando a mudar o mundo, um dia de cada vez."

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Verificar regularmente a pressão dos pneus do meu carro (dia 39)

Confesso que fiquei impressionado com o que disse a Ema sobre este desafio, não encontrei nada a acrescentar. Segui o conselho dela para verificar mensalmente (pelo menos) a pressão, mas como tenho um pneu a vasar um libra por semana, resolvi fazê-lo quinzenalmente.
Como não me esquecer? Li algures um comentário ao mesmo desafio salvo erro no blog da Vanessa, sugerindo colocar um alarme no meu telemóvel, o que fiz. Assim, todas as Segundas-Feiras ele chateia-me por causa dos pneus, se for a semana não, basta desmarcar. Mas se me esquecer na semana sim, só me atraso uma semana até ao próximo lembrete.
Já agora, vejam aqui como aproveitar dois pneus velhos para fazer um belo pouf!