segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Balanço de Janeiro (1º mês)

Admiro a honestidade da Ema nas suas "confissões" mensais, que mistura regozijo e actos de contrição duma maneira saudável e inspiradora. Porque acho que faz parte do desafio, o compromisso público, essencial para manter o elan e a pica, aqui vai a minha tentativa de balanço.

De um modo geral acho muito positivo em termos de tomada de consciência das minhas fraquezas e algumas forças que não sabia ter.
Começo pelo que estraga a fotografia, pelos que acho que tirei negativa:
    * Fazer backups ecológicos (e baratos - dia 15) - ainda não comecei, mas também não usei dos outros
    * Usar mais os trocados (16) - esforço-me mas às vezes esquece.
    * 1 sorriso por dia não sabe o bem que lhe fazia (20)- parece simples mas é preciso lembrar, e que não é só o sorriso, é mais a atitude.
    * Participar em iniciativas ambientais (22) - Já dei uns passos, vamos a ver se em Fevereiro arranco a "Limpar Portugal" a sério.
 Ufa, confesso que custou, mas afinal ninguém me bateu (ainda)!

Agora vamos aos meus sucessos, que me enchem de orgulho:
    * Banho à marinheiro ou à indiano? (1º dia)
Uau, só 1 ? É, só um, não me quero envaidecer mas o primeiro amor ainda é o único que mantenho sem remorsos de não fazer melhor. Até porque custou um pouco, estamos na Inverno, convenham, não é fácil renunciar à água quente pelas costas abaixo!

Agora, houve outros que me dão gozo e já quase entraram na pele:
• Deixar os sapatinhos à porta à “Sayonara” (3)
• Evitando o detergente para a louça (4)
• As casas são como as pessoas, também têm frio (7)
• Apagar as “luzes” do meu computador (9)
• Usar o Google Docs em vez de anexos em emails (10)
• Ser 100% vegetariano (18)

Confesso que me custa ainda lembrar-me de:
• Não deixar os aparelhos em espera (19)
• Passar parte de cada dia a estudar/comunicar (11)
• Forçar um tempo silencioso , sem tv, rádio ou Música (14)
• Comer alimentos biológicos, locais e da época (21)

Resultado positivo? Sou mau juiz, mas a sensação é que valeu a pena, foram os primeiros passos, caramba! Valeu-me a inspiração das minhas musas Ema e Vanessa, e os vossos comentários que agradeço, sobretudo à Mónia e Erika que originaram algumas controvérsias donde nasceram dois posts (21, 27) cheios de paixão. Estimo não tenha ferido ninguém, não reparem, eu sou assim.

Há ainda outro balanço a fazer, mas ainda é cedo: o grande desafio da poupança de água, que ainda continua a ser o grande tema para este Fevereiro (espero).

domingo, 31 de janeiro de 2010

Não usar o autoclismo para xixis (dia 31)

Confesso que foi difícil entender o significado do título do post da Vanessa. Mesmo depois de o ler todo não adivinhei o significado da expressão utilizada: «Na sequência da regra "Se é amarelo, deixa-o amadurecer..."».  Só percebi depois de googlar a frase que afinal termina em "se for castanho, retrete abaixo": limitar o desperdício de água às grandes "obras", não aos pequenos serviços.
Estava com receio de um terrível cheirete me fazer desistir mas, após umas semanas de ensaios esporádicos, não denotei nenhuma diferença. Descobri também que posso deixar correr um pouquinho de água do autoclismo (de dupla descarga), mas só por "descarga" de consciência!
Fico a saber na Wiki que  "A urina é normalmente estéril quando é expelida e tem apenas uma vago odor. O cheiro desagradável da urina deteriorada deve-se à acção de bactérias que provocam a libertação de amoníaco". Por isso parece-me saudável deixarmos "amadurecê-la" e eventualmente sermos alertados que há desidratação ou infecção urinária
Serei eu que sou insensível aos cheiros ou é esta civilização asséptica que nos condiciona e faz torcer o nariz da maioria das pessoas aos cheiros mesmo naturais?
Assim vou passar a deixar patente os limites do meu território, qual bicho do mato. E para quem precise, aqui fica a receita natural para combater o mau cheiro:Por que alguns mictórios têm rodelas de limão e gelo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Reciclar as cápsulas das garrafas de plástico à parte (dia 30)

Ontem ao pesquisar para o post, leio esta coisa espantosa: "Porque as cápsulas não são recicláveis?

A maioria dos programas de reciclagem exigem que pessoas removam as tampas de garrafa de garrafas antes descartar, mas muitas pessoas não ouviram falar isso. Se os cápsulas estão tiradas, qualquer líquido que seja deixado nas garrafas irá secar, permitindo o transporte mais barato devido do peso reduzido. Além disso, garrafas abertas são mais fáceis de esmagar que garrafas fechadas cheias de ar ou líquido. Tampas de garrafa tendem demasiado a encravar algumas máquinas de reciclagem, e, portanto, aumentam o custo da reciclagem de plástico.
No entanto, a razão mais importante para que tampas de garrafa não estão recicláveis é que a garrafa e a cápsula normalmente são feitas de diferentes tipos de plástico. Plástico das garrafas típico é feitas do tipo polietileno, ou tipo 1, mas os cápsulas dessas garrafas são feitas de Polipropelene, tipo 5.
Porque as duas partes de plástico derretem diferentemente, têm de ser recicladas separadamente. Basta mesmo uma cápsula de garrafa misturada num lote de garrafas de plástico, o lote inteiro vai ficar arruinado e terá de ser deitado fora.
Os trabalhadores são pagos para vigiar as linhas de correias transportadoras e verificar o material reciclável. Isso requer que os trabalhadores solte as cápsulas e remova o lixo, que é também um enorme problema para instalações de reciclagem. Esta operação manual leva tempo e custa dinheiro, por isso é frequentemente mais barato deitar fora todo o lote que desacelerar o seu processamento para os trabalhadores lidarem com as cápsulas nas linhas de correias transportadoras.

O que fazer?
A solução é simples: ter um instante do seu tempo para soltar as tampas de garrafa antes de as reciclar. Ou você pode encontrar um lugar para reciclar suas tampas de garrafa separadamente mais tarde, ou você pode usá-las para fazer artesanato simples. A maioria dos programas de reciclagem têm um programa de tempos a tempos, que lhe permite reciclar seus cápsulas de reciclagem. No entanto, tudo depende de onde você vive e qual programa você ir. Conhecer suas informações, e selecção para obter detalhes sobre quando você pode reciclar tampas de garrafa no seu programa de reciclagem local!"

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Não consumir garrafas de água (dia 29)

Li ao fazer ao fazer a minha lista do dia 25 (Como poupar água) num site que “O plástico usado para fazer a garrafa de água média (1/2 - 1 lt) requer mais de 5,6 lt de água para produzir, por isso mesmo que você só esteja bebendo uma pequena garrafa de água, você desperdiça quase 10 vezes mais.”

Está visto, é desta que me despeço da água engarrafada. Já andava desconfiado das substâncias cancerígenas que a embalagem larga ao sol, agora esta !

Já bebo pouca, agora só em garrafas de vidro, há-as aos montes sem retorno, melhor que irem parar ao vidrão.

Entretanto o Fávio inventou este bonito porta-lápis duma metade de garrafa de plástico, viva a imaginação!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Aproveitar a água que sai do chuveiro enquanto não aquece (28º dia)

O meu primeiro ecodesafio foi tomar banhos à indiano (de balde). Mas enquanto encho o balde dei-me conta que corre fria demais para misturar à que depois vem quente (mas não muito), pelo que desperdiçava sempre uns litros.
Na lista que fiz das ideias para poupança de água chamou-me a atenção esta da ecocasa, simples mas bem fundamentada: "esta água pode depois ser utilizada para limpezas, rega ou em substituição da água do autoclismo". Esta é fácil e simples mas "Não há grandeza quando não há simplicidade" (Leon Tolstói).
E já agora, vejam só a nova forma de banho de balde! Dizem que faz os bebés, após a massagem, descansarem como se voltassem ao ventre materno.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Renunciei aos congelados (dia 27)

A Erika comentou o meu post "Desligar o congelador (8º dia)" com estas observações:
«tem razão nos argumentos e tudo, mas quem trabalha e não tem tempo de fazer compras todos os dias precisa do congelador! Se não morrermos dos efeitos nos alimentos congelados, morremos de canseira, de loucura de querer fazer tudo "certo", de vivermos obcecados com tudo o que está no que comemos...?»

Compreendo os motivos da Erika mas discordo, há sempre opções, mesmo quase "obrigado" a não comer congelados não foi fácil ter de recusar convites, não poder entrar em quase nenhum restaurante, não ter sempre comida à mão...Acredito que o stress é muito mau conselheiro (da "fast food" como do "fast driving") e reparem como ele não é nada ecológico, quem sabe que ele seja a raiz de alguns dos nossos problemas. Estou cada vez mais adepto da "slow life" ou, como repete um meu amigo artista, "tá-se bem" ou "sem stress". Posso-me dar a esse luxo? Talvez, ou talvez seja mais uma questão de atitude. E com calma, vermos não as opções mais fáceis mas aquelas que nos fazem mais felizes e ao planeta também: li que um alimento congelado gasta 10 vezes mais energia que um fresco, não sei se é verdade, mas se ainda por cima nos tira energia (saúde), então é definitivamente um  mau negócio para a humanidade.
De certeza que a maioria de nós não fomos criados à base de congelados, ainda talvez não os rejeitemos, mas os nossos filhos, já pensamos no que podemos lhes estar a fazer? " A ausência de evidência não é igual à evidência da ausência", pelo que nos deviamos guiar pelo princípio da precaução. Como no caso das controversas mudanças climáticas. Ou do Armagedon que estamos a preparar com a destruição dos nossos recursos e poluição galopante.
Há sempre opções, sobretudo se revirmos toda a nossa alimentação. Sair do quadrado duma alimentação convencional dá trabalho, mas encontram-se soluções simples e saudáveis para quem é capaz de renunciar a algumas ideias feitas, de que somos omnívoros por natureza, que precisamos de competir com os bezerros senão os ossos quebram, de que sem fruta ficamos sem vitaminas... O círculo vicioso do congelado - microondas - fast food alimenta-se dessas ideias, que os médicos ajudam a propagar porque isso lhes dá bastantes clientes. Quase metade da população com sobrepeso, 1/4 diabética ou pré-diabética, o cancro a expandir, isso não vos faz soar as campaínhas de alarme? Não temos outra opção senão a de entrar neste suicídio colectivo? Talvez tenhamos.


Como na história da vaca,  a falsa segurança que o estado e a ciência que o apoia nos dá com uma alimentação desvitalizada mas asséptica, mantém-nos na mediocridade de vidas sem saúde nem energia. Será que fui atingido pela "loucura de querer fazer tudo certo", ao estar "obcecado com o que como"? Não quero fazer aqui o "elogio da loucura" mas "Não é o medo da loucura que nos forçará a largar a bandeira da imaginação" (André Breton).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Como poupar água (Lista - dia 24)

Hoje sistematizei as diversas ideias recolhidas para poupar água.
Baseei-me na magnífica sistematização do site da ecocasa que divide as sugestões pelos locais (no interior ou exterior), à imagem da maioria dos simuladores a que já me referi. Coloquei a lista nos Google Docs de onde podem fazer download e eventualmente ir inscrevendo referências pessoais na 1ª coluna (denominada "Meu"), tendo acrescentado uma outra coluna para a referência aos desafios referidos pela Vanessa (e a partir do nrº 366, "inventados" por mim ou pela Ema) duma outra listagem que também podem ver/fazer download.
Vou completar algumas acções desta lista, agora é mais fácil (para mim) não ter de inventar à toa. Espero que gostem.

Utilizar um copo para lavar os dentes (dia 26)

Finalmente arranjei um copo, menos uma desculpa para procrastinar (adiar, empurrar com a barriga) uma medida essencial. A Ema explica tudo no seu blog.
Para quem tenha crianças, talvez ajude a tornar essa tarefa mais divertida:

Lavar os dentes

Um copo com água
Uma escova e pasta
Pra lavar os dentes
É o que me basta

Esfrego, esfrego, esfrego
Muito esfregadinho
Com os dentes lavados
Que rico cheirinho

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Trocar o café pelo chá (dia 25)

Há tempos li que para produzir 1 chávena de café gasta-se 2,2 vezes mais água que para 1 chávena de chá, não sei como chegaram lá, mas deve ter a ver com a rega do cafeeiro ser mais exigente. Sou amante de chá, e renunciei ao café na minha última peregrinação a Santiago (15 dias no caminho primitivo), o que estendi para os meses subsequentes, pois vi que estabilizei os nervos e o intestino com essa privação. Sempre fui amante de chá, sobretudo desde que comecei a tomar o Kombucha que mudou radicalmente a minha saúde, por isso não foi preciso nenhum esforço para me adaptar ao chá.
Aqui há dias vi uns frascos de mistura de café solúvel antigos e pensei em lhes dar uso senão podem estragar. Não há dúvida sabe bem um cafézinho depois da refeição mas, a que preço?
Não, o crime não compensa, sobretudo se juntarmos o facto de ser um produto industrializado, com embalagem poluente e não me fazer nada bem. Vou oferecer o resto a quem possa querer pois decidi, eu fico-me pelo chá.

Dar uma intenção mais forte, mobilizadora a estes desafios

Hoje comecei um novo blog, "ExisteUmMago", inspirado num livro de Deepak Chopra "Diário de um mago" donde transcrevo alguns trechos:
"Existe um mago em cada um de nós...
Um Mago não acredita ser um evento localizado que sonha com um mundo maior. Um Mago é um mundo que sonha com eventos localizados.
...
Existe dentro de você um manancial de vida onde você pode purificar-se e transformar-se. ...
O campo da consciência se organiza ao redor das nossas intenções. O conhecimento e a intenção são forças. O que você pretende muda o campo a seu favor. As intenções comprimidas em palavras envolvem o poder mágico....
O Mago é o mestre da alquimia. A alquimia é a transformação. É através da alquimia que você começa a busca da perfeição. Você é o mundo. Quando você se transforma, o mundo em que você vive também será transformado.....
Os Magos jamais condenam o desejo. Foi seguindo seus desejos que eles se tornaram Magos.
Todo desejo é criado por algum desejo passado. A cadeia do desejo nunca acaba. Ela é a própria vida.
Não considere nenhum desejo inútil ou errado : um dia cada um deles será realizado.
Os desejos são sementes que esperam o momento propício para germinar. A partir de uma única semente de desejo, florestas inteiras se desenvolvem.
Acalente cada desejo do seu coração, por mais trivial que ele possa parecer.
Um dia esses desejos triviais o conduzirão a Deus.
O maior bem que você pode fazer ao mundo é tornar-se um Mago
 
Vem isto a propósito da reflexão que hoje fiz do meu propósito, do fim destes ecodesafios. Que me estão a ajudar a encontrar um caminho, não há dúvida, até onde ele me leva, ainda não sei. Mas se calhar a graça é perdermo-nos de vez em quando, para nos inquirirmos para onde afinal queremos ir.
Cada um dos desejos diários conduzem-me à Perfeição, ao Amor (ou a Deus se assim O quisermos). É essa transformação ou alquimia que desejo em mim, nos meus comportamentos, e nessa busca "o conhecimento e a intenção são forças" muito poderosas, mágicas que espero transforme o mundo à minha volta.
Há mais de 24 horas que me debato com o problema: Que fazer? Este vaguear por listas dos desafios da Vanessa, da Ema, de alguns livros e sites, deixa-me a sensação de falta de rumo que enfraquece a intenção. Por isso reflecti seriamente no caso e julgo que era bom classificar as várias ideias e fazer um cardápio rotativo como alguns restaurantes (à 2ª feijoada, à 3ª...). Essas listas poderiam servir inclusive de ajuda a quem queira implementar algo numa direcção específica, ex: Poupar água, fazer menos lixo, poupar energia, reutilizar, etc. o ideal é que contivessem links para quem já escreveu sobre o assunto, e tags para mais fácil pesquisa.
E que essas listas pudessem ser ampliadas por todos, com novas ideias, links ou referências a fontes.
Porque o tempo urge.
“A indiferença é o sono da alma” diz Charles Favart. Como posso dar uma intenção mais forte, mobilizadora a estes desafios? É esse o meu desafio de hoje (em diante).

Porque "Existe um Mago dentro de todos nós. Esse Mago tudo vê e tudo sabe."

sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu não uso sacos de plástico (dia 23)

Era este o título dum concurso lançado pelo blog da Ana que lançou este repto: “Até 20 de Junho de 2009 envia uma foto com a vossa acção que ajuda a mudar o mundo (no que diz respeito ao ambiente) para o email…As três melhores fotos escolhidas por nós ganharão uma prenda simbólica (ver imagem), mas muito útil que são uns sacos de pano super práticos que se dobram e podem andar na carteira.” Achei uma óptima ideia. Melhor que a vista num jornal recente dizendo que o “Governo recua na criação de uma taxa sobre os sacos de plástico”, pensado em 5 cêntimos cada, “tendo em vista a redução do consumo destes produtos”. Isto de novas taxas ninguém gosta (na Inglaterra quase 50% aprova essa ideia), mas se existe um (forte) imposto sobre os produtos petrolíferos, uma taxa de ecovalor para pneus e outros poluentes, porque não para este? Mas será que precisamos da ripada dos impostos para acordarmos para o ambiente?



Eu resolvi que não seria congruente comigo mesmo se não decidisse por moto próprio uma coisa que acho fundamental: acabar com o facilitismo do plástico de graça, como se ele não tivesse custos (ambientais) elevadíssimos.

Leio com preocupação no magnífico post nas donas de Casa desesperadas  que “em todo o mundo por segundo mais de um milhão de sacos de plástico continuam a ser usados, e depois quantas vezes acumulados em casa até ao dia que se faz limpeza e se deitam fora, ou então usados para o lixo onde levarão mais de 30 anos para se deteriorarem!”. Por isso aplaudem movimentos como o que surgiu em 2007 “na UK chamado Morsbags, que entretanto já se espalhou por mais alguns paises, estando no entanto concentrado em Uk, Japão , Eua, Espanha e sul de África... Pela criação de pods, que são grupos de pessoas preocupadas com o futuro do meio ambiente, já praticantes da utilização de sacos reutilizáveis e que se dispõem a educar outros sem qualquer objectivo lucrativo, mas apenas como uma "desculpa" para se juntar pessoas com os mesmo objectivos , criar os sacos e sentir que se está a fazer alguma coisa pelo único planeta que nos aloja.


Quando um grupo tem um número de sacos que ache suficiente, marca-se uma data e um local (supermercado), onde os mesmos serão distribuídos gratuitamente, antes das pessoas entrarem para fazer as compras.”
Magnífico.Sobre este movimento encontrei no Youtube uma entrevista curiosa da BBC , bem como este outro movimento de reciclagem de restos de fábricas de confecção para fazer sacos de compras cuja venda reverte em prol de associações beneméritas.


 Será que nada podemos fazer aqui em Portugal? Talvez depois de irmos “Limpar Portugal” se ganhe coragem para todos apoiarmos acções colectivas do tipo: “Eu não uso sacos de plástico, e você?”.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Participar em iniciativas ambientais (dia 22)

O post da Ema de 20/1, "Inscrever-me numa associação ambiental" inspirou-me a rever a minha relação com as associações ambientais e cheguei à conclusão que não tenho muita vocação para participar em reuniões, debates, sessões de esclarecimento, manifestações, etc. Será comodismo meu? Vergonha? Ser adepto de menos barulho e mais pancada (acção)?
Não sei, por isso vou-me desafiar a participar em iniciativas ambientais positivas e de acção, como esta em que estou inscrito há uns tempos mas sem nada fazer até agora: Limpar Portugal, uma iniciativa ad-hoc de meia dúzia de malucos que acreditam possível fazer num dia uma limpeza de anos de incúria nessa matas, algumas com antênticas lixeiras a céu aberto.
Já me inscrevi na comunidade  pois preocupa-me que, a menos de 2 meses do dia L (20/3/2010) ainda só esteja uma lixeira do meu concelho no mapa nacional (precisamente à beira de minha casa). Já entrei em contacto com o responsável concelhio, estou a aguardar uma saída colectiva ou então vou fazê-la sozinho. Sinto-me bem nessas acções concretas. Por isso, vamos todos arregaçar as mangas!
Como provocação, aí vai um vídeo alusivo com os Deolinda.

Ache outros vídeos como este em LimparPortugal

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Comer alimentos biológicos, locais e da época sempre que possível (dia 21)

A Monia fez ontem um post "Biológico vs ecológico" onde chegou à conclusão que "comprar produtos biológicos não é nada ecológico...Porque os produtos bio vêm todos da Alemanha, França, Holanda, Espanha!". Contestei essa conclusão com largos argumentos, mas confessei logo que era uma questão polémica, para mim ainda em aberto. Como a Monia acabou por confessar, conhece pouco o mercado dos biológicos, o que parece ser o meu caso pois fiquei surpreendido com a pesquisa que entretanto fiz, a propósito de lhe propor a ideia dos cabazes de produtos biológicos.
Encontrei uma lista muito grande de firmas que distribuem produtos biológicos ao domicílio no site da Agrobio (a associação que rege o sector) e  centro vegetariano, onde contei 22 dessas firmas, 69 lojas (10 das quais também vendem cabazes) e 16 mercados de produtores biológicos, um pouco por todo o país (só 7 no Porto, 25 em Lisboa dum total de 98). Optei por passar essas referências e outras que apanhei numa folha de cálculo que disponibilizo para quem queira consultar, com os dados (nome, morada, telefones, email, site, horário, certificação), pois acho que a ignorância é a principal causa do nosso atraso neste domínio.

Existe uma outra listagem na Agrobio, a de 21 produtores, quase todos em aldeias da "província". Mas sei que há muitos mais produtores (ex: mapa de cerca de 30 projectos de permacultura ou a magnífica "Quinta dos 7 nomes" em Sintra), pessoas corajosas que precisam de ser incentivadas a prosseguir num caminho de sustentabilidade ambiental e de promoção de saúde que ultrapassa a mera contabilidade de custos. Pois quanto custa as doenças que os químicos nos provocam, o estrago que a agricultura provoca nas nossas terras, águas e ar. Veja-se os transgénicos que invadiram a nossa cadeia alimentar através dos animais que comemos e que, se trouxessem o carimbo "contém produtos transgénicos" (obrigatório nos outros alimentos), quase ninguém se atreveria a comer.
Dada a opção de há 3 dias de "Ser 100% vegetariano", é tempo de assumir o nível seguinte: o de só comer biológico, produtos locais e da época, que foi também a opção da Ema nos posts de 19/1 com respeito aos legumes, e de 8/11 para as frutas. Não faço essa distinção porque quase não como fruta (porque não me dou bem com ela mais que por ser macrobiótico) e porque acho que todos os alimentos devem obedecer a esse mesmo critério.
Mas não sou radical: acrescento sempre que possível porque há alimentos que não existem pura e simplesmente produtores ou clima em Portugal para eles, mas mesmos esses têm de ser excepção e não regra. Mas também é importante que evitemos a cultura forçada em estufas ou vinda de outros climas: por isso importa saber qual a época "normal" dos legumes, e francamente não sei em que calendário me fiar: no da Deco (43 legumes) ou no das verduras campestres (20), eles não se entendem, se calhar é melhor ir ao mercado (bio) e cheirar o que está a dar (em mais bancas), critério dum leigo total nas lides campestres.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

1 sorriso por dia não sabe o bem que lhe fazia (dia 20)

Hoje, não sei por comodismo se por que são realmente belas, não resisto a pedir emprestadas as palavras à Vanessa, que escreveu esta justificação soberba para querer tornar o mundo mais verde distribuindo sorrisos a estranhos:

«A maioria das mudanças Verdes que faço para este desafio são de natureza física …mas é tão importante fazer um mundo verde num sentido social…
Um amigo meu recentemente sugeriu ainda outra maneira na qual eu pode afectar a mudança: Sorrir.
Parece um pouco lamecha.. mas é uma ideia legítima: se eu mostrar o branco dos meus dentes a, pelo menos, uma pessoa diariamente — um estranho, uma lojista, não propriamente um amigo — não apenas envio um vibração quente e difusa mas subtilmente reafirmo o facto de que nós estamos todos neste juntos, todos compartilhamos o mesmo planeta.
Para citar o meu amigo: "uma pessoa que se sente viver numa acolhedora comunidade de pessoas calorosas, em vez de um lugar frio e isolado, vai mais provavelmente envolver-se na melhoria da sua Comunidade. Eles vai aprender a confiar nos seus vizinhos ..e, portanto, estar mais inclinado a compartilhar recursos. "
Assim… vou tentar tornar o mundo mais verde, um sorriso de cada vez.»

A tradução é minha e não está completa pelo que podem ler aqui o original.
Eu só acrescentava uma referência: O vídeo que mais gargalhadas me provocou não tem nenhuma piada associada, só um riso contagioso, o "Bodhisattva no metro": não percam de o (re)ver, sobretudo quando estejam em baixo.

Por isso, cada dia de hoje em diante, vou também tentar fazer alguém mais feliz nem que seja só com um (so)riso

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Não deixar os aparelhos em espera (19º dia)

Confesso que não estava à espera dum impacto tão grande, até porque quase sempre tenho o cuidado de desligar os aparelhos. Mas o consumo dessas maravilhas electrónicas que nos enchem as vidas de luzinhas que brilham no escuro (alem das célebres radiações electromagnéticas) é soberbo: 8% de fugas estimadas no reino unido, 5% nos States, há quem acredite que pode ser mais. Aqui vai uma tabela que assusta, dos watts que se gasta quando esses aparelhos era suposto estarem desligados:


A partir de 2010 a União Europeia impõe o limite de 1 W aos fabricantes, mas e os aparelhos que já dispômos? Façam como eu: vou ligar tudo a triplas com interruptor ou desligar da ficha, internet incluida. Senão incorremos neste consumismo claramente diabólico, como a imagem ilustra bem.
Escondam os comandos e, em vez de desligar no aparelho, baixem-se um pouco e vão à ficha tirar-lhe o pio (e a luz) que ainda ganham com isso.

Ser 100% vegetariano (18º desafio)

Do post de ontem não deixei de pensar seriamente nos meus gastos de água: serão mesmo assim como diz o simulador ? Fui googlar “Quanta água gasta”, para saber se outras fontes confirmam o disparate e encontrei mais 3 simuladores:
O da H2OConserve foi o melhor, (apesar de termos de converter as medidas americanas), dá muitos conselhos e afaga-nos o ego quando nos compara com os americanos: "Parabéns. Gasta  1750 Lt de água por dia. O consumo dum americano médio é de  4500 L/dia".Quer-se dizer, SÓ gasto 40% dum americano médio eu, vegetariano a 95%? Isto dá 638 m3/ano (ou 53 /mês), mais do dobro do outro simulador (240).
O site remete os estrangeiros para outro simulador, o da BBC, que me dá 70 lt por dia, mas só contabiliza os gastos directos e é muito simplista, não tem em conta hábitos alimentares nem rendimento/consumo.
Nós por cá temos o da EPAL (o mais conseguido, mas muito simples- só consumos directos), que me deu um consumo de 138 lt/dia (50 m3/ano), muito aquém dos outros.
Então em que ficamos? Decidi comparar os parâmetros de cada um dos simuladores  com outras fontes, e apercebi-me que, o mais fidedigno é o que adaptei no meu simulador, que só precisava duns retoques nalguns desvios e omissões. Foi o que fiz nesta nova versão que denominei MUDAR A PEGADA HIDRICA pois introduzi novas colunas para podermos comparar o alcance das mudanças que queremos implementar na nossa vida, como seja a de hoje, ser 100% vegetariano (até ao fim do ano), cujo efeito podem ver neste extracto:

Como se pode ver, a simples alteração dos restos de alimentação tradicional que tenho, baixam a minha pegada alimentar de 422 para 290 (ver sub-totais no subtítulo), ou seja, uma poupança de 132 m3/ano só nessas pequenas alterações.
Experimentem simular as alterações na vossa alimentação e verão certamente onde poderão fazer a diferença.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Poupar toda a água possível (17º dia)

Ontem ao navegar na net dei com um artigo interessante que tinha o link a uma calculadora da nossa
Pegada ecológica da água. O que será? Fui ver e então é assim: A PEGADA individual de água é igual à água necessária para sustentarmos o nosso nível de vida. Fiz as contas e assustei-me com o valor : preciso de 353 m3 /ano, quase 1 m3/dia!
Será verdade? Como o inquérito é em Inglês, achei por vem traduzi-lo e fazer uma folha de cálculo que permitisse ir fazendo opções inteligentes e quantificadas: Quantos m3 poupo com esta ou aquela opção, diminuindo ou aumentando um valor de consumos.

São 28 perguntas dos nossos hábitos alimentares, formas de utilização da água no interior e exterior das nossas casas e quanto consumimos em bens industriais (pelo valor desse consumo). Fiz a conversão da moeda e tirei 3 erros (o programa afinal aumentou 110 m3 o meu valor que, mesmo assim, ainda me preocupa (240 m3 equivale ao volume duma casa térrea com 100 m2 de área).  Sinto-me a matar à sede os desgraçados que só têm um cântaro de água diário ou nem isso para todas as suas necessidades.
Se não acreditam experimentem medir a vossa pegada.
Comecei já a projectar medidas para poupar água que, daqui em diante, vai ser uma preocupação constante. Pensei que não havia pegadas na água, afinal há, e são dos autênticos dinossauros que a consumem!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Usar mais os trocados (dia 16)

Realmente nunca tinha pensado nisso até ler o post da Vanessa e o artigo que ela recomenda: quanto mais circularem as moedas, menos são precisas, logo, menos minério (cobre, zinco,..), logo menos ganga desse minério a poluir (400 a 600 X mais que o minério extraído), logo ficamos todos a ganhar.

Mas o melhor era mesmo usarmos o porta moedas electrónico (que foi uma invenção portuguesa, ainda que não tenha sido bem sucedida) ou mesmo os cartões de débito. Mas isso traz outros problemas que ficam para outro dia.
Para já esta preocupação/compromisso: Não reter os trocos na carteira, até porque pesam, logo e como diria um alentejano, são uma canseira (para o ambiente também).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fazer backups ecológicos (e baratos - dia 15)

A Vanessa propõe utilizar uma USB para backup dos seus trabalhos no computador. Penso que é melhor solução que os CDs, mas não será uma USB de capacidade inferior a 1 DVD que protegerá TODOS os documentos, quando muito os mais sensíveis, de uso diário ou quase. Alem de custar dinheiro, será que podemos confiar num objecto tão perdível ou roubável para pormos os nossos segredos e trabalhos importantes?
Que tenho eu feito até agora: CDs e DVDs regraváveis periódicos para a pasta dos documentos e, ultimamente, a compra dum disco externo ao meu portátil de que me quero desfazer. Onde colocar os 13 GB dos documentos actuais em segurança, por um custo (ambiental e não só) mínimo?
Estive a estudar a questão sobre outro ângulo, a dos backups virtuais. Já usei vários armazenamentos em sites que, gratuitamente, deixam alojar as nossas coisas numa área reservada. Nenhum tem a versatilidade e actualidade do Google Docs (Gdocs), que tantas empresas utilizam para os seus backups, será que que poderia fazer o mesmo? Fui ver como funciona e achei que pelo preço anual duma Pen (5€) consegue-se 20 GB de armazenamento, eu nem preciso de tanto. E posso sempre usar o que já me dão de graça:

  • 1 GB de armazenamento apenas para fotos e vídeos (Picasa+Blogger). 
  • Mais de 7 GB (continua crescendo) para mensagens do Gmail. 
  • O Google Docs fornece 1 GB para todos os documentos, folhas de cálculo, apresentações e arquivos.
Isso daria 9 GB úteis totais mas há perdas porque "o armazenamento gratuito de um produto não pode ser utilizado por ou transferido para outro produto". Não chega, até porque o Gmail não pode contar para a informação que tenho no disco, ou será que pode? 

História das coisas (1ª parte - legendas port.)