sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu não uso sacos de plástico (dia 23)

Era este o título dum concurso lançado pelo blog da Ana que lançou este repto: “Até 20 de Junho de 2009 envia uma foto com a vossa acção que ajuda a mudar o mundo (no que diz respeito ao ambiente) para o email…As três melhores fotos escolhidas por nós ganharão uma prenda simbólica (ver imagem), mas muito útil que são uns sacos de pano super práticos que se dobram e podem andar na carteira.” Achei uma óptima ideia. Melhor que a vista num jornal recente dizendo que o “Governo recua na criação de uma taxa sobre os sacos de plástico”, pensado em 5 cêntimos cada, “tendo em vista a redução do consumo destes produtos”. Isto de novas taxas ninguém gosta (na Inglaterra quase 50% aprova essa ideia), mas se existe um (forte) imposto sobre os produtos petrolíferos, uma taxa de ecovalor para pneus e outros poluentes, porque não para este? Mas será que precisamos da ripada dos impostos para acordarmos para o ambiente?



Eu resolvi que não seria congruente comigo mesmo se não decidisse por moto próprio uma coisa que acho fundamental: acabar com o facilitismo do plástico de graça, como se ele não tivesse custos (ambientais) elevadíssimos.

Leio com preocupação no magnífico post nas donas de Casa desesperadas  que “em todo o mundo por segundo mais de um milhão de sacos de plástico continuam a ser usados, e depois quantas vezes acumulados em casa até ao dia que se faz limpeza e se deitam fora, ou então usados para o lixo onde levarão mais de 30 anos para se deteriorarem!”. Por isso aplaudem movimentos como o que surgiu em 2007 “na UK chamado Morsbags, que entretanto já se espalhou por mais alguns paises, estando no entanto concentrado em Uk, Japão , Eua, Espanha e sul de África... Pela criação de pods, que são grupos de pessoas preocupadas com o futuro do meio ambiente, já praticantes da utilização de sacos reutilizáveis e que se dispõem a educar outros sem qualquer objectivo lucrativo, mas apenas como uma "desculpa" para se juntar pessoas com os mesmo objectivos , criar os sacos e sentir que se está a fazer alguma coisa pelo único planeta que nos aloja.


Quando um grupo tem um número de sacos que ache suficiente, marca-se uma data e um local (supermercado), onde os mesmos serão distribuídos gratuitamente, antes das pessoas entrarem para fazer as compras.”
Magnífico.Sobre este movimento encontrei no Youtube uma entrevista curiosa da BBC , bem como este outro movimento de reciclagem de restos de fábricas de confecção para fazer sacos de compras cuja venda reverte em prol de associações beneméritas.


 Será que nada podemos fazer aqui em Portugal? Talvez depois de irmos “Limpar Portugal” se ganhe coragem para todos apoiarmos acções colectivas do tipo: “Eu não uso sacos de plástico, e você?”.

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